Como já podemos perceber, somos o que pensamos, tanto nas expressões
sociais como nas camadas mais profundas de nosso ser. Nosso pensamento mais
habitual determina inclusive nosso nível de vibração espiritual, além disso,
geralmente pensamos com forte influência de nossos sentimentos, o que significa
que para o conhecedor da natureza humana fica fácil saber o que somos apenas
analisando nossos pensamentos.
Pela estruturação dos blocos traumáticos explicado aqui (lembrando que
uma imagem ou uma sensação pode desencadear o bloco traumático inteiro), é
fácil notar que somos escravos de nossos pensamentos que nos mantêm presos a
nossos vícios e a baixas esferas vibracionais.
Internamente, o orgulho, o egoísmo e a vaidade são os principais vilões
dessa escravidão, nos mantendo escravos do sexo, do dinheiro, do jogo e até das
máquinas. Quanto mais forte for este sentimento na pessoa, mais seus quadros
traumáticos serão carregados de emoções geradas por estes sentimentos.
Um dos problemas mais grave neste processo de dominação, pelos quadros
traumáticos de baixo calão, é o automatismo que acomoda os seres sem deixá-los
pensar com seu próprio espírito. Se não pensamos, consequentemente, não
vigiamos, deixando a porta da alma escancarada para os espíritos
mal-intencionados que se aproveitam para influenciar e até para dominar
completamente os mais desavisados. Não se esqueçam que no caso de ondas de
pensamentos, os iguais se atraem, como no caso já citado do controle remoto que
liga a televisão.
Um exemplo mais conhecido de sintonia de ondas são as ondas de rádio. Por
mais potente que a voz do locutor chega ao nosso aparelho, se outra emissora
usar a mesma frequência de ondas da emissora que estamos escutando, haverá uma
forte interferência e nosso rádio começará a chiar, não transmitindo nenhuma
mensagem. A interferência espiritual é feita em nosso períspirito, que é
formado essencialmente por ondas sintonizáveis por outros períspirito que
vibram no mesmo comprimento de ondas. Assim, se o orgulho for o sentimento mais
forte em nós, comandará nossos pensamentos, e estes atrairão para nós,
espíritos orgulhosos que talvez já estejam nos procurando para cobrar débitos
de vidas passadas, como uma luz vermelha piscando- seremos avistados de longe
por eles, que nos localizarão e emitirão ondas de pensamentos em nossa direção,
“ligando” seus blocos traumáticos como o controle remoto faz com a televisão.
Está aí, um dos motivos vitais para orar e vigiar, pois o obsessor não
descansará e emitirá essas ondas insistentemente até que em um momento de
fraqueza ou invigilância, a vítima se submeterá. Esta submissão inicial nem
sempre é por identificação de ondas de pensamento.
A própria vítima quando tem
débitos contraídos anteriormente com o obsessor, pode facilitar este contato,
que depois de feito fica difícil desfazer. Depois de estabelecido o vínculo, vários
recursos serão utilizados pelos obsessores, que se organizam em grupos, para
manter a pessoa sobre domínio usando a indução telepática. A partir desse
momento nossos pensamentos não nos pertencem mais e técnicas psicológicas não
farão mais efeitos sobre nós e o único caminho que nos resta é a reforma
intima.
O poeta triste
O poeta em sua
tristeza
Encontra dentro de
si,
As trevas do inferno.
Um fogo que
queima!
Sem iluminar,
Uma água que
afoga!
Sem refrescar,
Uma brisa sem
oxigênio!
Que sufoca sem
arejar,
Uma flor que como
urtiga!
Queima sem
acariciar.
Assim é a tristeza
do poeta!
Que se debate sem
reclamar,
Dentro de si, a
angústia!
Que nos olhos pode
se identificar!
É o orgulho que
humilha!
A vaidade que como
água
Fervente,
fervilha!
O egoísmo que
fere, até sangrar!
Ultrajando a alma,
que sofre em silêncio,
Revolvendo-se a
aterrorizar!
Assim é tristeza
de um poeta!
Com moral acima da
média,
Mas, confrontando
a sensibilidade,
Como a corrente
sem elo e sem utilidade.
A corrente que
corre! É como a dos animais,
Que presa ao
pescoço! Esconde a verdade,
Encurtando os
espaços! Privando a liberdade!
Assim na tristeza
do poeta!
O sofrimento chega
de mansinho,
Como a noite que
cai, traz fielmente consigo!
A cruel solidão, à
escuridão sem som!
Sem teto de
estrelas, e sem chão.
Um imenso vazio!
Uma queda em
desespero
Sem fim e em
braseiro
Assim é a tristeza
de um poeta!
Escuridão de uma
noite, que parece eterna!
Sem luz no fim do
túnel! E sem lanterna!
Que sem motivo
aparente, faz parecer noite eterna!
Um grito sem eco!
Um lamento sem resposta!
Um braço que
sangra sem mão,
Com a ferida,
sempre exposta!
A tristeza de um
poeta imagina-se em vão,
Como seu coração,
arrancado do peito franzino!
Pelo impiedoso
punhal do assassino!
Que friamente
sorri, olhando em seus olhos,
Vendo a vida se
esvair!
Se sentindo com o
dever cumprido!
Vendo um corpo
frio,
Sem vida, no chão
a cair!
Assim é a tristeza
de um poeta!
Como a escuridão,
o vazio, a morte.
Kleber Lages