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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

o que são e como funcionam os chakras



Chakra é a denominação sânscrita dada aos centros de força existentes nos corpos espirituais do homem.
Filamentos energéticos intrínsecos formam a rede que compõe o corpo etéreo, esses filamentos conduz energia por todo o corpo etéreo e para o interior dos outros corpos, podemos dizer que são filamentos que tem início e fim, seus terminais são especializados tanto para receber como para transmitir energias em comprimento de ondas específicos. Os filamentos principais receptores de energia têm seu encontro ou ponto de partida em sete locais diferentes do corpo.
Esses pontos são formados por uma espécie de disco colorido que giram constantemente; a camada principal do disco gira em sentido horário atraindo para dentro de si energias universais que se encontram dissolvidas interpenetradas em todos os espaços do universo, outra parte deste disco gira em sentido anti-horário exteriorizando energias dos corpos sutis, tanto energias negativas quanto positivas são absorvidas e exteriorizadas, isso vai depender dos sentimentos e dos pensamentos que a pessoa carrega.
São esses discos que recebem a denominação de chakras, escritos com a letra k simplesmente por ter sua origem no sânscrito.
O chakra principal é o coronário localizado no centro alto da cabeça, veja abaixo uma lista com o nome desses chakras e suas localizações 

1. Centro básico ou fundamental – base da coluna
2. Centro sacro ou sexual (genésico) - Entre o osso púbico e o umbigo; o ponto exato varia de pessoa para pessoa.
3. Centro solar ou umbilical (gástrico) – estomago
4. Centro cardíaco – na altura do coração
5. Centro laríngeo - garganta
6. Centro frontal ou cerebral - testa
7. Centro coronário no alto da cabeça

Apesar dos filamentos que formam os chakras não terem a mesma natureza dos nervos do corpo físico, estão diretamente ligados a eles levando energia de reparo tanto para o sistema autônomo e periférico, como para medula espinhal, concluindo-se que essas energias chegam em todos os pontos do corpo físico e de todos os outros corpos.
O livro de Alice Bailey, intitulado “mecanismos da alma” traz algumas definições de filósofos importantes que se ocuparam deste tema, é aconselhável que você leia com atenção para que possa entender melhor o assunto.
Em O Homem e seu Porvir nós lemos:
“Com respeito aos nadis ou artérias da forma sutil, não se deve confundi-los com as artérias do corpo, por onde circula o sangue; fisiologicamente correspondem mais às ramificações do sistema nervoso, pois são especialmente 112 descritas como luminosas”.
Assim como o fogo está de certo modo polarizado na luz e no calor, o estado sutil está vinculado ao estado corpóreo de dois modos diferentes e complementares: pelo sangue, relacionado à qualidade calórica e pelo sistema nervoso, no que diz respeito à qualidade luminosa. Não obstante, deve-se compreender que entre os nadis e os nervos só há uma simples analogia e não uma identificação, pois os primeiros não são corpóreos e, na realidade, trata-se de dois reinos distintos na individualidade integral. Quando se afirma, de modo análogo, que existe uma relação entre as funções destes nadis e a respiração, por ser essencial para a sustentação da vida, não se deve deduzir de modo algum que sejam os nadis uma espécie de condutores por onde circula o ar. Isto seria confundir o "sopro vital" (prana), que pertence adequadamente à manifestação sutil, com o elemento corpóreo.
"Afirma-se que o número total de nadis é de setenta e dois mil. Segundo outros, seriam setecentos e vinte milhões. Porém a diferença aqui é mais aparente que real, pois, como sempre sucede em tais casos, estes números devem ser tomados de forma simbólica, e não textualmente."
Rama Prasad, utilizando a palavra hindu "lotus" para designar o chakra ou centro de força, faz um interessante comentário a este respeito: “Os plexos nervosos dos modernos anatomistas coincidem com estes centros”. Pelo que foi dito anteriormente, pareceria como se os centros estivessem constituídos por vasos sanguíneos. A única diferença entre os nervos e os vasos sanguíneos é a diferença que há entre os veículos dos pranas positivo e negativo. Os nervos são positivos e os vasos sanguíneos constituem o sistema negativo do corpo. Onde houver nervos, haverá os correspondentes vasos sanguíneos. Ambos são indistintamente chamados de nadis. Uma série tem por centro o lotus do coração; a outra o lotus de mil pétalas do cérebro.
O sistema de vasos sanguíneos é uma representação exata do sistema nervoso, sendo, na verdade, somente sua sombra. “Do mesmo modo que o coração, o cérebro tem suas divisões superior e inferior o cérebro e o cerebelo e também suas divisões direita e esquerda.” Os centros de força estão situados ao longo da coluna vertebral e na cabeça.
Arthur Avalon disse:
"Uma descrição dos chakras implica, em primeiro lugar, uma enumeração do sistema central e autônomo da anatomia e da fisiologia ocidentais; em segundo lugar, uma explicação do sistema nervoso tântrico e dos chakras e, finalmente, uma correlação dos dois sistemas, até onde seja possível, nos aspectos anatómico e fisiológico, porque o resto é em geral, privativo do ocultismo tântrico.
"A teoria tântrica relativa aos chakras e ao sahasrara, refere-se ao aspecto fisiológico... em relação com o sistema nervoso central, que compreende o cérebro ou encéfalo contido no crânio, e a medula espinhal, contida na coluna vertebral (Merudanda).
É digno de observação que, assim como há cinco centros (chakras), a coluna vertebral está dividida em cinco regiões que, começando pela inferior, são: a coccigeana, que consta de quatro vértebras inferiores imperfeitas, com frequência soldadas num osso chamado cóccix; a região sacra, composta de cinco vértebras soldadas em um só osso chamado sacro; a região lombar ou região dos rins constituída por cinco vértebras; a região dorsal ou região da espádua, formada por doze vértebras; a região cervical, ou região do pescoço, que tem sete vértebras. Como se vê, em diferentes partes, a medula mostra diversas características para cada uma região. Falando grosseiramente, estas regiões correspondem às que têm sido assinaladas como submetidas ao controle dos centros ou chakras Muladhara, Svadhishthana, Manipura, Anahata e Vishuddha.
O sistema central tem relação com o periférico por meio dos trinta e um nervos espinhais e doze nervos cranianos que, por sua vez, são aferentes e eferentes ou sensitivos e motores, que produzem a sensação ou a ação estimuladora. Dos nervos cranianos, os últimos seis surgem do bulbo e os outros seis, exceto os nervos olfativo e ótico, das panes do cérebro que estão de frente ao bulbo.
Os escritores das escolas Yoga e Tântrica empregam o termo Nadi, em lugar de nervos. Além disso, como foi dito, referem-se aos nervos cranianos quando falam dos Shiras, nunca empregando esta última para designar as artérias, como se faz na literatura médica.
Sem dúvida, deve-se observar que os Nadis Yoga não são os nervos materiais comuns, mas sim as linhas mais sutis pelas quais circulam as forças vitais.
Os nervos espinhais depois que saem do intervertebral, entram em comunicação com os cordões ganglionares do sistema nervoso autónomo, que estão em ambos os lados da coluna vertebral.
A medula espinhal se estende no homem desde a borda superior do atlas, debaixo do cerebelo, penetrando no bulbo e abrindo-se finalmente no quarto ventrículo do cérebro, descendo até a segunda vértebra lombar, de onde se estreita e afina até um ponto chamado filamento terminal."
Como o anteriormente exposto refere-se ao sistema tântrico, deve-se observar que a referência é feita a um sistema hindu de controle de energia com segurança unicamente para aqueles que possuem o mais puro e elevado caráter moral, pureza de vida e de pensamento.
Certas práticas e escolas que se aviltaram, apareceram no Oriente e Ocidente, ensinando práticas chamadas tântricas, e nunca serão condenadas com excessiva severidade.
Estes centros de força não estão situados meramente ao longo da coluna vertebral e na cabeça, como se tem indicado, mas estão relacionados uns aos outros por meio da coluna, numa relação demasiado intrincada para ser detalhado aqui.
Dos sete centros, dois estão na cabeça e cinco na coluna vertebral. Os dois centros da cabeça se relacionam diretamente com as faculdades da mente e do movimento. O centro Sahasrara (centro coronariano), chamado comumente de lótus de mil pétalas é a corporifícação da energia espiritual, manifestada como vontade, mente abstrata, espiritual ou intuição. O centro ajna, ou centro entre as sobrancelhas, diz respeito à mente inferior e à natureza psíquica do organismo integrado, denominado homem, a personalidade.
Os cinco centros da coluna vertebral então dizem respeito às diversas atividades do organismo, mediante os quais o homem manifesta seu instinto animal, suas reações emocionais e a intenção de sua vida. Tais centros são, em grande parte, dirigidos pela força que entra e sai dos centros da cabeça.
No Poder da Serpente, Arthur Avalon diz que: "Os centros influem não só sobre as combinações musculares, relativas aos movimentos da vontade, mas também sobre as funções de inervação vascular, de secreção e outras análogas que têm seus centros mais ou menos localizados na medula espinhal. Sem dúvida, diz-se que os centros cerebrais dirigem estas funções somente em relação com as manifestações da volição, do sentimento e da emoção, e que os centros raquídeanos com o sistema autónomo subordinado, constituem o mecanismo de adaptação inconsciente, de acordo com as condições variáveis de estímulo, essenciais para a continuidade da existência do organismo. O bulbo é. além disso e por sua vez, como um canal de comunicação entre os centros superiores e a periferia e um centro independente que regula as funções de maior importância no sistema.
Deve-se observar que, as fibras nervosas que levam os impulsos motores que descem do cérebro até a medula espinhal, e quase que subitamente cruzam a medula de um lado para o outro na altura do bulbo, fato mencionado nos Tantras quando é descrito o Mukta Triveni.
Este último está conectado por numerosos condutos aferentes e eferentes, com o cerebelo e os gânglios cerebrais. Acima do cerebelo está o cérebro, cuja atividade está associada com a volição consciente, a ideia e a origem dos movimentos voluntários.
A noção de consciência, tema introspectivo da Psicologia, não deve ser confundida com a função fisiológica. Por isto, não existe um órgão da consciência, porque a consciência não é um conceito orgânico, e nada tem a ver com o conceito fisiológico de energia, cujo aspecto interno introspectivo representa.
A natureza do nexo fisiológico que suas partes e o resto do corpo forniam entre si. Sem dúvida, pode-se supor, em geral, (segundo se diz) que existem razões pelas quais há centros nervosos no sistema central, relacionados de um modo especial com mecanismos especialmente sensitivos, de secreção ou motores, e centros tais como o pretenso centro gênito-espinhal, para uma ação fisiológica determinada, existentes em determinada porção da medula espinhal.
O aspecto sutil de tais centros é denominado chakra, como expressão de consciência (chaitanya), corporificada em várias fornias de maya shakti.
Os centros estão relacionados, através de condutores, com os órgãos genitais, da excreção, da digestão, da ação cardíaca e da respiração, em relação final com os chakras: Muladhara, Svadhisthana, Manipura, Anahata e Vishuddha, respectivamente; assim como se tem assinalado meios de relação especial, mesmo que não exclusivos, com diversos processos perceptivos, da volição e da imaginação."  Estes centros variam em atividade, segundo o estágio de evolução do indivíduo.
Em algumas pessoas certos centros estão "despertos", e em outras pessoas os mesmos podem estar relativamente passivos; e ainda em outras, o centro do plexo solar estará ativo ou predominará, e também em outras o mesmo acontecerá com o centro cardíaco ou com o laríngeo.
São muito poucas as pessoas que têm ativo, hoje, o centro coronário. Falando generalizadamente, nos selvagens e nos pouco evoluídos, os três centros situados abaixo do diafragma (os centros da base da coluna vertebral, do sacro e do plexo solar) estão ativos e dominantes, porém os situados acima do diafragma permanecem "adormecidos". Na humanidade comum, o centro laríngeo está começando a se fazer sentir, estando ainda adormecidos os centros cardíaco e coronário.
No ser humano altamente evoluído, no líder da raça, no filósofo intuitivo e no cientista, assim como nos grandes santos, o centro coronário e o cardíaco começam a fazer sentir sua vibração; a prioridade do centro coronário e do cardíaco é determinada pelo tipo de pessoa e pela qualidade da consciência emocional e mental.
De acordo, pois, com o desenvolvimento do homem, estes centros de força se vivificam e predominam e, segundo sua vivência, fazem sentir sua presença junto a diversos tipos de atividades. Os centros abaixo do diafragma comandam a vida física da forma material e a vida psíquica animal, que existem tanto no homem quanto no animal. Os que estão acima do diafragma estão ligados à vida intelectual e espiritual, e produzem as atividades em que o homem demonstra ser diferente e superior ao animal, e que proporcionam sua ascenção na escala da evolução.
Esses conceitos orientais foram estudados e desenvolvidos durante milênios e mais recentemente vem sendo confirmados e melhorados pela espiritualidade maior que consegue se comunicar conosco, naquela época se usava muita simbologia e chavões no intuito de tornar aceitável os conceitos descritos, hoje em dia a ciência já confirma muitos desses fatos através de estudiosos como Delane e outros.