Chakra é a denominação sânscrita
dada aos centros de força existentes nos corpos espirituais do homem.
Filamentos energéticos
intrínsecos formam a rede que compõe o corpo etéreo, esses filamentos conduz
energia por todo o corpo etéreo e para o interior dos outros corpos, podemos
dizer que são filamentos que tem início e fim, seus terminais são
especializados tanto para receber como para transmitir energias em comprimento
de ondas específicos. Os filamentos principais receptores de energia têm seu
encontro ou ponto de partida em sete locais diferentes do corpo.
Esses pontos são formados por uma
espécie de disco colorido que giram constantemente; a camada principal do disco
gira em sentido horário atraindo para dentro de si energias universais que se
encontram dissolvidas interpenetradas em todos os espaços do universo, outra
parte deste disco gira em sentido anti-horário exteriorizando energias dos
corpos sutis, tanto energias negativas quanto positivas são absorvidas e
exteriorizadas, isso vai depender dos sentimentos e dos pensamentos que a
pessoa carrega.
São esses discos que recebem a
denominação de chakras, escritos com a letra k simplesmente por ter sua origem
no sânscrito.
O chakra principal é o coronário
localizado no centro alto da cabeça, veja abaixo uma lista com o nome desses
chakras e suas localizações
1. Centro básico ou fundamental –
base da coluna
2. Centro sacro ou sexual
(genésico) - Entre o osso púbico e o umbigo; o ponto exato varia de pessoa para
pessoa.
3. Centro solar ou umbilical
(gástrico) – estomago
4. Centro cardíaco – na altura do
coração
5. Centro laríngeo - garganta
6. Centro frontal ou cerebral -
testa
7. Centro coronário no alto da
cabeça
Apesar dos filamentos que formam
os chakras não terem a mesma natureza dos nervos do corpo físico, estão
diretamente ligados a eles levando energia de reparo tanto para o sistema
autônomo e periférico, como para medula espinhal, concluindo-se que essas
energias chegam em todos os pontos do corpo físico e de todos os outros corpos.
O livro de Alice Bailey,
intitulado “mecanismos da alma” traz algumas definições de filósofos
importantes que se ocuparam deste tema, é aconselhável que você leia com
atenção para que possa entender melhor o assunto.
Em O Homem e seu Porvir nós
lemos:
“Com respeito aos nadis ou
artérias da forma sutil, não se deve confundi-los com as artérias do corpo, por
onde circula o sangue; fisiologicamente correspondem mais às ramificações do
sistema nervoso, pois são especialmente 112 descritas como luminosas”.
Assim como o fogo está de certo
modo polarizado na luz e no calor, o estado sutil está vinculado ao estado
corpóreo de dois modos diferentes e complementares: pelo sangue, relacionado à
qualidade calórica e pelo sistema nervoso, no que diz respeito à qualidade
luminosa. Não obstante, deve-se compreender que entre os nadis e os nervos só
há uma simples analogia e não uma identificação, pois os primeiros não são
corpóreos e, na realidade, trata-se de dois reinos distintos na individualidade
integral. Quando se afirma, de modo análogo, que existe uma relação entre as
funções destes nadis e a respiração, por ser essencial para a sustentação da
vida, não se deve deduzir de modo algum que sejam os nadis uma espécie de
condutores por onde circula o ar. Isto seria confundir o "sopro
vital" (prana), que pertence adequadamente à manifestação sutil, com o
elemento corpóreo.
"Afirma-se que o número
total de nadis é de setenta e dois mil. Segundo outros, seriam setecentos e
vinte milhões. Porém a diferença aqui é mais aparente que real, pois, como
sempre sucede em tais casos, estes números devem ser tomados de forma
simbólica, e não textualmente."
Rama Prasad, utilizando a palavra
hindu "lotus" para designar o chakra ou centro de força, faz um
interessante comentário a este respeito: “Os plexos nervosos dos modernos
anatomistas coincidem com estes centros”. Pelo que foi dito anteriormente,
pareceria como se os centros estivessem constituídos por vasos sanguíneos. A
única diferença entre os nervos e os vasos sanguíneos é a diferença que há
entre os veículos dos pranas positivo e negativo. Os nervos são positivos e os
vasos sanguíneos constituem o sistema negativo do corpo. Onde houver nervos,
haverá os correspondentes vasos sanguíneos. Ambos são indistintamente chamados
de nadis. Uma série tem por centro o lotus do coração; a outra o lotus de mil
pétalas do cérebro.
O sistema de vasos sanguíneos é
uma representação exata do sistema nervoso, sendo, na verdade, somente sua
sombra. “Do mesmo modo que o coração, o cérebro tem suas divisões superior e
inferior o cérebro e o cerebelo e também suas divisões direita e esquerda.” Os
centros de força estão situados ao longo da coluna vertebral e na cabeça.
Arthur Avalon disse:
"Uma descrição dos chakras
implica, em primeiro lugar, uma enumeração do sistema central e autônomo da
anatomia e da fisiologia ocidentais; em segundo lugar, uma explicação do
sistema nervoso tântrico e dos chakras e, finalmente, uma correlação dos dois
sistemas, até onde seja possível, nos aspectos anatómico e fisiológico, porque
o resto é em geral, privativo do ocultismo tântrico.
"A teoria tântrica relativa
aos chakras e ao sahasrara, refere-se ao aspecto fisiológico... em relação com
o sistema nervoso central, que compreende o cérebro ou encéfalo contido no
crânio, e a medula espinhal, contida na coluna vertebral (Merudanda).
É digno de observação que, assim
como há cinco centros (chakras), a coluna vertebral está dividida em cinco
regiões que, começando pela inferior, são: a coccigeana, que consta de quatro
vértebras inferiores imperfeitas, com frequência soldadas num osso chamado
cóccix; a região sacra, composta de cinco vértebras soldadas em um só osso
chamado sacro; a região lombar ou região dos rins constituída por cinco
vértebras; a região dorsal ou região da espádua, formada por doze vértebras; a
região cervical, ou região do pescoço, que tem sete vértebras. Como se vê, em
diferentes partes, a medula mostra diversas características para cada uma
região. Falando grosseiramente, estas regiões correspondem às que têm sido
assinaladas como submetidas ao controle dos centros ou chakras Muladhara,
Svadhishthana, Manipura, Anahata e Vishuddha.
O sistema central tem relação com
o periférico por meio dos trinta e um nervos espinhais e doze nervos cranianos
que, por sua vez, são aferentes e eferentes ou sensitivos e motores, que
produzem a sensação ou a ação estimuladora. Dos nervos cranianos, os últimos
seis surgem do bulbo e os outros seis, exceto os nervos olfativo e ótico, das
panes do cérebro que estão de frente ao bulbo.
Os escritores das escolas Yoga e
Tântrica empregam o termo Nadi, em lugar de nervos. Além disso, como foi dito,
referem-se aos nervos cranianos quando falam dos Shiras, nunca empregando esta
última para designar as artérias, como se faz na literatura médica.
Sem dúvida, deve-se observar que
os Nadis Yoga não são os nervos materiais comuns, mas sim as linhas mais sutis
pelas quais circulam as forças vitais.
Os nervos espinhais depois que
saem do intervertebral, entram em comunicação com os cordões ganglionares do
sistema nervoso autónomo, que estão em ambos os lados da coluna vertebral.
A medula espinhal se estende no
homem desde a borda superior do atlas, debaixo do cerebelo, penetrando no bulbo
e abrindo-se finalmente no quarto ventrículo do cérebro, descendo até a segunda
vértebra lombar, de onde se estreita e afina até um ponto chamado filamento
terminal."
Como o anteriormente exposto
refere-se ao sistema tântrico, deve-se observar que a referência é feita a um
sistema hindu de controle de energia com segurança unicamente para aqueles que
possuem o mais puro e elevado caráter moral, pureza de vida e de pensamento.
Certas práticas e escolas que se
aviltaram, apareceram no Oriente e Ocidente, ensinando práticas chamadas
tântricas, e nunca serão condenadas com excessiva severidade.
Estes centros de força não estão
situados meramente ao longo da coluna vertebral e na cabeça, como se tem
indicado, mas estão relacionados uns aos outros por meio da coluna, numa
relação demasiado intrincada para ser detalhado aqui.
Dos sete centros, dois estão na
cabeça e cinco na coluna vertebral. Os dois centros da cabeça se relacionam
diretamente com as faculdades da mente e do movimento. O centro Sahasrara
(centro coronariano), chamado comumente de lótus de mil pétalas é a
corporifícação da energia espiritual, manifestada como vontade, mente abstrata,
espiritual ou intuição. O centro ajna, ou centro entre as sobrancelhas, diz
respeito à mente inferior e à natureza psíquica do organismo integrado,
denominado homem, a personalidade.
Os cinco centros da coluna
vertebral então dizem respeito às diversas atividades do organismo, mediante os
quais o homem manifesta seu instinto animal, suas reações emocionais e a
intenção de sua vida. Tais centros são, em grande parte, dirigidos pela força
que entra e sai dos centros da cabeça.
No Poder da Serpente, Arthur
Avalon diz que: "Os centros influem não só sobre as combinações
musculares, relativas aos movimentos da vontade, mas também sobre as funções de
inervação vascular, de secreção e outras análogas que têm seus centros mais ou
menos localizados na medula espinhal. Sem dúvida, diz-se que os centros
cerebrais dirigem estas funções somente em relação com as manifestações da
volição, do sentimento e da emoção, e que os centros raquídeanos com o sistema
autónomo subordinado, constituem o mecanismo de adaptação inconsciente, de
acordo com as condições variáveis de estímulo, essenciais para a continuidade
da existência do organismo. O bulbo é. além disso e por sua vez, como um canal
de comunicação entre os centros superiores e a periferia e um centro
independente que regula as funções de maior importância no sistema.
Deve-se observar que, as fibras
nervosas que levam os impulsos motores que descem do cérebro até a medula
espinhal, e quase que subitamente cruzam a medula de um lado para o outro na
altura do bulbo, fato mencionado nos Tantras quando é descrito o Mukta Triveni.
Este último está conectado por
numerosos condutos aferentes e eferentes, com o cerebelo e os gânglios
cerebrais. Acima do cerebelo está o cérebro, cuja atividade está associada com
a volição consciente, a ideia e a origem dos movimentos voluntários.
A noção de consciência, tema
introspectivo da Psicologia, não deve ser confundida com a função fisiológica.
Por isto, não existe um órgão da consciência, porque a consciência não é um
conceito orgânico, e nada tem a ver com o conceito fisiológico de energia, cujo
aspecto interno introspectivo representa.
A natureza do nexo fisiológico
que suas partes e o resto do corpo forniam entre si. Sem dúvida, pode-se supor,
em geral, (segundo se diz) que existem razões pelas quais há centros nervosos
no sistema central, relacionados de um modo especial com mecanismos
especialmente sensitivos, de secreção ou motores, e centros tais como o
pretenso centro gênito-espinhal, para uma ação fisiológica determinada,
existentes em determinada porção da medula espinhal.
O aspecto sutil de tais centros é
denominado chakra, como expressão de consciência (chaitanya), corporificada em
várias fornias de maya shakti.
Os centros estão relacionados,
através de condutores, com os órgãos genitais, da excreção, da digestão, da
ação cardíaca e da respiração, em relação final com os chakras: Muladhara,
Svadhisthana, Manipura, Anahata e Vishuddha, respectivamente; assim como se tem
assinalado meios de relação especial, mesmo que não exclusivos, com diversos
processos perceptivos, da volição e da imaginação." Estes centros
variam em atividade, segundo o estágio de evolução do indivíduo.
Em algumas pessoas certos centros
estão "despertos", e em outras pessoas os mesmos podem estar
relativamente passivos; e ainda em outras, o centro do plexo solar estará ativo
ou predominará, e também em outras o mesmo acontecerá com o centro cardíaco ou
com o laríngeo.
São muito poucas as pessoas que
têm ativo, hoje, o centro coronário. Falando generalizadamente, nos selvagens e
nos pouco evoluídos, os três centros situados abaixo do diafragma (os centros
da base da coluna vertebral, do sacro e do plexo solar) estão ativos e
dominantes, porém os situados acima do diafragma permanecem
"adormecidos". Na humanidade comum, o centro laríngeo está começando
a se fazer sentir, estando ainda adormecidos os centros cardíaco e coronário.
No ser humano altamente evoluído,
no líder da raça, no filósofo intuitivo e no cientista, assim como nos grandes
santos, o centro coronário e o cardíaco começam a fazer sentir sua vibração; a
prioridade do centro coronário e do cardíaco é determinada pelo tipo de pessoa
e pela qualidade da consciência emocional e mental.
De acordo, pois, com o
desenvolvimento do homem, estes centros de força se vivificam e predominam e,
segundo sua vivência, fazem sentir sua presença junto a diversos tipos de
atividades. Os centros abaixo do diafragma comandam a vida física da forma
material e a vida psíquica animal, que existem tanto no homem quanto no animal.
Os que estão acima do diafragma estão ligados à vida intelectual e espiritual,
e produzem as atividades em que o homem demonstra ser diferente e superior ao
animal, e que proporcionam sua ascenção na escala da evolução.
Esses conceitos orientais foram
estudados e desenvolvidos durante milênios e mais recentemente vem sendo
confirmados e melhorados pela espiritualidade maior que consegue se comunicar
conosco, naquela época se usava muita simbologia e chavões no intuito de tornar
aceitável os conceitos descritos, hoje em dia a ciência já confirma muitos
desses fatos através de estudiosos como Delane e outros.
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