Translate

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Suicídio inconsciente

                      o problema da morte



No livro nosso lar uma das coisas que mais chamou a atenção foi a referência que o espirito André Luiz fez ao suicídio inconsciente.
Esta é uma situação que na maioria das vezes está ligada à depressão profunda e ocorre devido a presença de quadros traumáticos que estão enraizados no subconsciente e não no inconsciente como o autor fez referência no livro e no filme.
É claro que André Luiz sabia deste detalhe, mas naquela época o conceito de subconsciente ainda não estava claro, por isso foi necessário colocar as coisas de forma mais generalizada.
 A influência do inconsciente ou da alma neste processo sem dúvida é também de importância vital, pois sendo os sentimento uma característica da alma, se o depressivo tiver os conceitos de leis naturais devidamente desenvolvidos e tiver a força de vontade necessária, seus inimigos desencarnados não encontrarão guarita para induzi-lo ao habito da bebida e a outros tão prejudiciais à saúde mental.
A pessoa para cometer suicídio tem que ter muita coragem e desapego a vida material, o que ocorre é que a pessoa as vezes quer ou acredita que precisa cometer o ato, mas não tendo coragem de fazê-lo de forma consciente usa de subterfúgios para isto, é o chamado ganho secundário, a bebida passa a ser encarada como uma forma de prazer que vale a pena e como todo alcoólatra, este também dificilmente aceita o fato de ser viciado, e sempre que precisa busca apoio no ganho secundário para si convencer de que está fazendo a coisa certa.  Na verdade qualquer forma de auto ataque injustificado ao corpo físico é uma forma de suicídio, quando encarnamos trazemos como compromisso a execução de ações que deverão nos elevar moralmente e o nosso tempo de vida é compatível com o tempo que demanda para execução desta tarefa, se atrasamos no caminho por atos que deveríamos evitar com nosso querer então estamos cometendo suicídio, pois o tempo perdido comprometerá nosso avanço na senda da obra divina.
Há de se ressaltar que, quando o desgaste físico é causado por amor ao próximo não se trata de suicídio, já que o amor é o mais nobre sentimento a ser desenvolvido pela humanidade.
Apesar de sempre citarmos os vícios com drogas como forma de suicídio inconsciente, ou indireto, nos tempos atuais um dos desequilíbrio que mais contribui para este tipo de suicídio é a gula que provoca a obesidade trazendo vários tipos de problemas de saúde para o paciente.
 Veja a seguir como nosso irmão André Luiz retratou esta situação no livro nosso lar.
“Sorridente, o velhinho amigo, apresentou-me o companheiro. Tratava- se, disse, do irmão Henrique de Luna, do Serviço de Assistência Médica da colônia espiritual. Trajado de branco, traços fisionômicos irradiando enorme simpatia, Henrique auscultou-me demoradamente, sorriu e explicou:
- É de lamentar que tenha vindo pelo suicídio.
Enquanto Clarêncio permanecia sereno, senti que singular assomo de revolta me borbulhava no íntimo.
Suicídio? Recordei as acusações dos seres perversos das sombras.
Não obstante o cabedal de gratidão que começava a acumular, não calei a incriminação.
- Creio haja engano - asseverei, melindrado -, meu regresso do mundo não teve essa causa. Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a morte. Sofri duas operações graves, devido a oclusão intestinal...
- Sim - esclareceu o médico, demonstrando a mesma serenidade superior -, mas a oclusão radicava-se em causas profundas. Talvez o amigo não tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si mesmo a história completa das ações praticadas no mundo.
E inclinando-se, atencioso, indicava determinados pontos do meu corpo:
- Vejamos a zona intestinal - exclamou. - A oclusão derivava de elementos cancerosos, e estes, por sua vez, de algumas leviandades do meu estimado irmão, no campo da sífilis. A moléstia talvez não assumisse características tão graves, se o seu procedimento mental no planeta estivesse enquadrado nos princípios da fraternidade e da temperança.
Entretanto, seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no frequentemente à esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico.
Depois de longa pausa, em que me examinava atentamente, continuou:
- Já observou, meu amigo, que seu fígado foi maltratado pela sua própria ação; que os rins foram esquecidos, com terrível menosprezo às dádivas sagradas?
Singular desapontamento invadira-me o coração. Parecendo desconhecer a angústia que me oprimia, continuava o médico, esclarecendo:
- Os órgãos do corpo somático possuem incalculáveis reservas, segundo os desígnios do Senhor. O meu amigo, no entanto, iludiu excelentes oportunidades, esperdiçando patrimônios preciosos da experiência física. A longa tarefa, que lhe foi confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a meras tentativas de trabalho que não consumou. Todo o aparelho gástrico foi destruído à custa de excessos de alimentação e bebidas alcoólicas, aparentemente sem importância. Devorou-lhe a sífilis energias essenciais. Como vê, o suicídio é incontestável.
Meditei nos problemas dos caminhos humanos, refletindo nas oportunidades perdidas. Na vida humana, conseguia ajustar numerosas máscaras ao rosto, talhando-as conforme as situações. Aliás, não poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem maior significação. Conceituara, até ali, os erros humanos, segundo os preceitos da criminologia. Todo acontecimento insignificante, estranho aos códigos, entraria na relação de fenômenos naturais. Deparava-se-me, porém, agora, outro sistema de verificação das faltas cometidas.
Não me defrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiam abismos infernais; contudo, benfeitores sorridentes comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma criança desorientada, longe das vistas paternas.
Aquele interesse espontâneo, no entanto, feria-me a vaidade de homem. Talvez que, visitado por figuras diabólicas a me torturarem, de tridente nas mãos, encontrasse forças para tornar a derrota menos amarga.
Todavia, a bondade exuberante de Clarêncio, a inflexão de ternura do médico, a calma fraternal do enfermeiro, penetravam-me fundo o espírito. Não me dilacerava o desejo de reação; doía-me a vergonha. E chorei. Rosto entre as mãos, qual menino contrariado e infeliz, pus-me a soluçar com a dor que me parecia irremediável. Não havia como discordar. Henrique de Luna falava com sobejas razões. Por fim, abafando os impulsos vaidosos, reconheci a extensão de minhas leviandades de outros tempos. A falsa noção da dignidade pessoal cedia terreno à justiça. Perante minha visão espiritual só existia, agora, uma realidade torturante: era verdadeiramente um suicida, perdera o ensejo precioso da experiência humana, não passava de náufrago a quem se recolhia por caridade.  (FRANCISCO CANDIDO XAVIER, 1943, p. 25)
PROBLEMAS DA MORTE
Milhares de criaturas regressam do templo da carne, cada dia, no mundo, aos planos da Vida Espiritual. Raras, porém, abandonam a Terra, com o título do trabalhador que atendeu ao cumprimento das próprias obrigações. Quase todas deixam o corpo denso pelo suicídio indireto.
Em todos os lugares do planeta, vemos quem si envenena, destacamos quem elimine a vida do estômago, superlotando o aparelho gástrico de viandas excitantes ou corrosivas.
Reconhecemos quem si confia a vícios multiformes, criando monstruosos vermes mentais que se encarregam de aniquilar as possibilidades orgânicas.
Identificamos quem anestesia as próprias forças, enregelando-se pela ociosidade sistemática.
Encontramos quem arme laços fatais aos próprios pés, movimentando ambições inferiores nas quais se conduz na luta de cada hora. Vemos quem si asfixia ao calor das próprias paixões desenfreadas.
Observamos quem si sufoca no pântano dos próprios pensamentos delituosos e escuros.
Preservai o corpo, como quem reconhece no santuário da carne, o mais alto tesouro que o mundo é suscetível de oferecer. A experiência na Terra não é conferida em vão. Cada vida possui uma diretriz, um programa, uma finalidade.
Aquele que si ajusta à Divina Vontade incorpora a sua tarefa à obra incessante do Bem Infinito.
Se tendes de doar as próprias energias, sem receio da morte, aprendamos com Cristo a ciência do sacrifício pessoal pelo bem de todos.
Auxiliar constantemente, velar pelos que sofrem, amparar os que si transviam, extinguir as trevas da ignorância e balsamizar as feridas do próximo constituem esforço de renunciação que nos leva ao Plano Superior. Muitos si matam na Terra e poucos morreram para que outros possam viver dignamente.
Não nos esqueçamos de que enquanto Pilatos, com aparente tranquilidade, comprava o remorso que o conduziria ao suicídio direto, através da justiça mal aplicada, Jesus expirava no madeiro, entre angústia do próprio coração e o sarcasmo dos que assistiam, adquirindo, porém, a glória da ressurreição que acendeu no mundo a luz da imortalidade para todos os séculos terrestres. (Francisco Cândido Xavier, p. 39)


A crueldade do destino me colocou este negro véu
O descaso e o desamor daquele que está no céu
Hoje vivo na amargura insana dos vícios
Negligenciando meus mais nobres compromissos

De repente meu débil corpo estremeceu
Rapidamente minha vista escureceu
Abaixo de mim um vácuo se abriu
E um mundo de fogo surgiu

Não queira você ouvir meu lamento
Poucos aguentariam sem rebento
Meus gritos que no vazio se lança
Levando a dor como herança

Um balsamo bendito surgi a meu lado
Uma mão estendida com agrado
Uma figura divina que sorria em pé
Me convocando ao arrependimento e fé

Meu coração acelerado a Deus agradeceu
Pois hoje eu sei que o erro foi meu
Andei pela vida perdido em vícios
Hoje, regatei a vida com sacrifícios


Kleber Lages 

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Origem do amor


Toda afinidade ou toda atração é uma forma de amor, inclusive a atração entre os átomos e o equilíbrio gravitacional entre o sol e a terra.
O sexo deve ser um ato de amor, é através dele que construímos o instrumento para encarnação de novos espíritos que amamos protegemos e alimentamos como filhos.
Quando os raios de sol atingem a terra faz sua fecundação proporcionando o crescimento da planta e garantindo nosso alimento, este é um ato de infinito amor do criador pela humanidade, fornecendo alimento a seus filhos, membros de sua família divina. Com que outro proposito criaria Deus este complexo sistema solar?
Os espíritos incluindo a alma humana são criados como seres superiores para que tenham os devidos recursos que nos permitirão auxiliar um dia o criador na administração cósmica, Jesus que um dia já foi um espirito simples e ignorante hoje é o administrador da terra, depois de decorrido o devido tempo de sua evolução espiritual.
Referi-me anteriormente a união entre os átomos como uma espécie de amor; devemos entender que o amor injetado neste processo não ocorre individualmente no momento em que está acontecendo esta união atômica, ou seja, se neste momento uma molécula de agua está se unindo a outra para formar uma corrente, o amor aí representado está sendo injetado automaticamente, não está sendo criado para esta união especifica, este amor provavelmente representado nos fótons emitidos pelos elétrons dos átomos desta união, foram criados pela inspiração divina transmitidos no momento em que este processo foi inventado.
Explicando;                                                              
Os átomos são formados por várias camadas circulares tendo no centro o núcleo e em volta deste núcleo, as camadas, cada uma dessas camadas é povoada por uma determinada quantidade de elétrons, sendo que o equilíbrio é alcançado pelo átomo que tem sete elétron em sua última camada, assim aquele que traz cinco elétron em sua última camada atraem para si, outros átomos buscando completar os sete elétrons necessários para seu equilíbrio interno entre suas camadas de elétrons e seu núcleo. Grosso modo é assim que ocorre a atração entre os átomos. Acontece que essa forma de equilíbrio nos átomos gera entre outras coisas a matéria com a qual lidamos em todos os momentos de nossas vidas e que é indispensável para nossa sobrevivência. Toda matéria criada desta forma, foi criada pensando em nós devendo servir de instrumentos para nossa evolução, tudo que nos rodeia então foi criado por amor a nossa evolução e é este amor que está depositado em cada átomo do universo e de forma mais evoluída está dentro de cada um de nós.
Esta é a origem do amor que como podemos perceber gerou o universo e os espíritos encarnados e desencarnados que nele habita.
 Quem criou o átomo foi um grupo de espíritos altamente desenvolvidos que apesar de ter o amor em si, não o criou. Este grupo de espíritos foi criado por alguém de quem herdou este nobre sentimento. O amor é independente e se auto alimenta promovendo seu próprio crescimento.
Pegando como exemplo o grupo de espirito citado acima; Deus criou esses espíritos e depositou neles a semente do amor, esses espíritos com sua vontade e livre arbítrio desenvolveu esta semente transformando-a no mais puro amor, que gerou novas sementes que foram depositadas em nós no momento que fomos criados, nossa missão é desenvolver esta semente transformando-a em amor que gerará novas sementes. Desta forma o amor está em todos e em tudo permeando os céus e a terra, ligando cada ser pela força do magnetismo. A natureza deste magnetismo ainda não pode ser conhecida pelo homem, mas podem ser percebidas em cada relação existente na natureza, e pode ser sentidas nas expressões de suas mais intimas e nobres essências que são; a piedade, a caridade, a humildade entre tantas outras qualidades morais.
Portanto meus irmãos valorize quem vos criou, cultive o alimento de vossa matéria, mas cultive também o alimento de vossa alma que é o amor.
Espirito Agamenon    
 Quando, no espaço, um sol, como qualquer núcleo com seu cortejo planetário, encontra-se com outro sol ou núcleo e seu cortejo planetário, o resultado é sempre o mesmo: a formação de nova individuação, quer seja sistema cósmico ou químico. No primeiro caso se individuará novo vórtice, novo “Eu” astronômico, que se desenvolverá segundo uma linha, a espiral que — vê-lo-emos — é a trajetória típica de desenvolvimento de todos os movimentos fenomênicos. No segundo caso nascerá, pelo choque dos núcleos e pela emissão de elétrons do sistema, novo indivíduo atômico. Se isso ainda não apareceu em vosso relativo, vós o chamais de criação.
(Pietro Ubaldi, 1997 p.19)     
 

Unindo feminino e masculino
Gerando fenômenos astralinos
Ajoelhado diante da berlinda
É o amor na expressão mais linda

Elevado pelo criador as alturas
Brilhando em dourado e candura
Germe de suavidade e doçura
É o amor na expressão mais pura

Sanando a tristeza do rico e do pobre
Colorindo de amarelo o ouro e o cobre
Permitindo que amena aragem sopre
É o amor na expressão mais nobre

Via-Láctea que luz intensa drena
Lírio de imperatriz açucena
Abundante benção que derrama
É o amor na expressão suprema

Sabedoria maior sem igual
Não envelhece, é sempre atual
Presente na relação conjugal
É o amor na expressão angelical

Vem cumprir uma doce sina
Vida que se aglutina
Estrela que te ilumina
É o amor na expressão divina

Trabalho em atividade alquime
Luz que saber exprime
Perdão que pecado redime 
É o amor em sua expressão sublime


Kleber Lages