Noção de eternidade
Primeiro vamos pensar um pouco sobre nossa
eternidade.
Vamos inicialmente analisar essa passagem que
aconteceu em um hospital do plano espiritual e foi narrada pelo espirito
Ermance Dufaux no livro lírios da esperança em sua pagina 98;
“A paciente entrou em regressão espontânea. Depois
das mãos contidas, foi a vez dos pés que também foram presos com amarras.
Babava e respirava a longos haustos. Sessenta minutos e, em uma espécie de
transe profundo, Selena começou a balbuciar algumas palavras em diferente
língua… Era um francês fluente e claro. Dona Modesta, dotada de xenoglossia no
tempo, traduzia com facilidade.
— Qual seu nome? – interrogou Dona Modesta.
— Condessa… Condessa Pyrré…
— Em que ano estamos?
— 1573. Um ano depois da matança assassina…
— Matança? …
— … São Bartolomeu.
— Em que país?
— França. Estou na Paris dos católicos. O “Reinado”
do Papa Gregório XIII….
(o
dialogo continuou até a página 100)
… Selena Seria
submetida a uma regressão mediúnica induzida quando passadas vinte e quatro
horas. “Dona Modesta “receber-lhe-ia” o inconsciente profundo, o corpo mental
de Selena, para tratar-lhe as raízes de seu drama, Medicada a contento, ela
adormeceu.”
Percebam que a personalidade aflorada pela médium
já tinha desencarnado há muito tempo atrás e mesmo assim ainda sobrevivia no
inconsciente da paciente interferindo de forma incisiva na vida da
personalidade que estava sendo formada pela paciente.
É certo que a personalidade que formamos em cada
encarnação é eterna, mas no momento que estamos encarnados como agora não
conseguimos ter uma noção exata dessa eternidade, sabemos também ao certo que a
eternidade está relacionada com o tempo, com o espaço e com o movimento, esse
espaço-tempo não está relacionado completamente com o plano físico e sim com
nossa dimensão consciencial quântica. Mas e o movimento? Como seria percebido o
movimento em nossa consciência mais profunda? Para responder a essa pergunta
podemos recorrer aos traumas psicológicos. Vou citar um trauma da encarnação presente,
mas pode acontecer também com um trauma ocorrido em vidas passadas, suponhamos
que uma mãe e um filho sofra um acidente de automóvel, a mãe fica presa nas
ferragens e ver o filho agonizando adiante sem poder ajudar, essa cena fica
gravada para sempre no inconsciente dessa mãe juntamente com a angustia a
tristeza, sensação de impotência e outros sentimento negativos, toda vez que a
mãe presenciar cenas parecidas ou receber estímulos que trouxer de volta, a sua
consciência, o acidente virá junto com a cena todos os sentimentos negativos
vividos naquele momento, o subconsciente agirá sempre como se a cena tivesse
acontecendo naquele momento, revelando assim uma total falta de noção do tempo
que transcorreu desde a data do acidente, só que esse quadro traumático está
gravado em nosso subconsciente e podemos resolve-lo trazendo-o a nossa
consciência, o subconsciente não raciocina mas como podemos perceber é onde
reside nossa eternidade registrada em forma de quadros psicológicos que
retratam nossas vivencias do dia-a-dia, portando essas vivencias são movimentos
necessários para construção de nossa eternidade.
Esse texto por ser destinado a um blog é um texto
curto e, portanto não pode trazer a noção exata que cada um deve ter sobre a
eternidade, mas pretende ser um convite a reflexão deste tema, está na hora de
termos como personalidades em formação a noção de sermos eternos, pois
caminhamos a passos largos para um mundo de maior fraternidade e mais
proximidade com a espiritualidade superior, apesar de algumas medidas amargas
estarem sendo aplicadas, principalmente em países espiritualmente importantes
como o brasil, o pais e o planeta sofrerão mudanças cada vez mais aceleradas e
incisivas que mudarão os sentimento das pessoas que permanecerem na crosta terrestre.
Noção de espaço-tempo
Quando tentamos incorporar o espírito de eternidade
não podemos levar em consideração o tempo, isso porque o tempo faz referência
ao espaço, como o relógio que marca linearmente o tempo de zero hora à
12h00min, no espírito de eternidade esse estado linearidade não existe porque
se, por exemplo, quando por um descuido eu despenco de uma determinada altura,
no momento que eu estiver caindo o tempo para mim terá um significado diferente
e vai parecer uma eternidade, enquanto que o relógio pode ter marcado apenas
alguns segundos, hora que eu chegar em baixo no chão, não vou ter uma noção
linear do tempo que eu gastei, já o relógio vai poder marcar esse tempo
que eu gastei de onde que eu cair até a cama elástica em segundos, nesse caso
do relógio o tempo é linear, pois pode ser marcado de forma continua, mas em
minha consciência ou minha mente, minha percepção desse tempo não
significa apenas alguns segundos, esse tempo demorou a passar, eu desacelerei
esse tempo na minha consciência.
Então o espaço que esse tempo ocupa em nossa mente
é um espaço consciencial, é um espaço-tempo de nossa consciência, não é um
espaço na dimensão espaço-tempo descrita por Newton.
Talvez a teoria de Albert Einstein determinando um
espaço-tempo quadridimensional, se aproxime mais dessa realidade inconsciente
relativa ao tempo e a noção de espaço em nossa dimensão espiritual. Esse espaço
não está dentro da dimensão espaço-tempo linear, está dentro da dimensão da
nossa consciência que é uma dimensão consciencial, é uma dimensão quântica onde
existem milhões de possibilidades para cada gesto esboçado e ainda existem as
possibilidades criadas e que podem serem executadas por consciências externas,
como exemplo de uma possibilidade criada por minha consciência no momento da
queda, podemos imaginar que eu esteja caindo de cabeça para baixo e em um
lampejo de minha consciência eu posso impulsionar meu corpo virando minhas
perna em direção ao solo, isso mudará toda historia de minha vida, e como
exemplo de interferência de consciências externas podemos imaginar o seguinte,
havia Há possibilidade deu cair no chão e havia a possibilidade de ter uma cama
elástica em baixo, os bombeiros ou alguém que tivesse assistindo poderia ter
colocado, por orientação espiritual ou não, a cama elástica no local de minha
queda isso também mudaria toda minha historia.
Percebam que a noção de tempo registrada em minha
mente no momento da queda não pode ser medida linearmente, pois para minha
realidade interna esse tempo demorou muito mais que alguns segundos.
O tempo não existe para consciência do espirito e
para as personalidades formadas em vidas passadas, é diferente para
personalidade em formação e para o plano físico.
Nota;
Isso não quer dizer que as personalidades de vidas
passadas fazem parte ativa de nossa alma, as personalidades múltiplas estão
localizadas mais próximas do subconsciente do que da alma, o que ocorre é que
quando falamos de personalidades de vidas passadas geralmente nos referimos aos
traumas que essas personalidades carregam e que interferem na personalidade
atual em formação.