Na verdade são varias as
situações que podem provocar o sonho, alguns sonhos são mais superficiais
ocorrendo a partir do cérebro físico, e geralmente está ligado ao ultimo
pensamento ou vibração que a pessoa tem antes de adormecer, esses sonhos são
facilmente mais recordáveis. Também nossas atividades realizadas pelo corpo
astral enquanto dormimos podem parecer um sonho para nosso cérebro físico, mas
esse tipo de sonho dificilmente pode ser recordado em estado de vigília.
Antes de começar falar desse
outro tipo de sonho devo esclarecer sobre possibilidades quânticas, que na
verdade é a mesma coisa que inconsciente coletivo e individual, é um local no
espaço tempo onde existe todas as possibilidades de algo ocorrer em decorrência
do que acontece no plano material ou mental, esse campo quântico existe
individualmente também dentro de cada consciência do universo, assim o seu
desejo de conseguir algo gera nesse campo milhões de possibilidades de dar
certo e de dar errado, conforme suas atitudes e disposições interiores uma
dessas possibilidades será sintonizada e se realizará no campo material.
O sonho pode ser uma ligação
entre o ponto-agora, do presente e um ponto no tempo que já existe nas
possibilidades quânticas. Uma entrevista de emprego com sucesso, por exemplo,
pode ser localizada no futuro através do sonho e transferida para o presente,
isso dependerá da vontade que a pessoa emprega para ter a entrevista.
A pessoa desempregada que tenha a vontade
férrea e as condições espirituais e psicológicas adequadas contatará durante o
sono o entrevistador e todos os funcionários envolvidos em sua contratação, e
esse fato ocorrera no inconsciente coletivo primeiro para depois ocorrer no
plano material, muitas vezes a pessoa nem se lembra do sonho, mas na entrevista
ou na contratação depara com alguma cena que se lembra de já ter vivido, isso
se dá porque em sua mente as vezes ocorre flashes do sonho que teve antes da
entrevista acontecer.
Na construção desse artigo
lembrei-me de um excelente trabalho denominado “sonho”, do autor C. W.
Leadbeater, vou transcrever aqui parte desse trabalho para que o leitor entenda
com mais clareza o assunto;
Os
fatores concernentes à produção dos sonhos são os seguintes:
1.
O cérebro físico inferior,
com sua semiconsciência infantil, e seu
hábito de expressar todos os estímulos de uma forma pictórica.
2..A
parte etérica do cérebro,
através da qual corre uma procissão incessante de
quadros desconexos.
3.O
corpo astral,
palpitando com os tempestuosos vagalhões do desejo e da
emoção.
4.
O ego
( no corpo casual ) , que pode estar em qualquer estado de
consciência, da completa insensibilidade ao perfeito comando das suas
faculdades.
Quando um homem adormece,
seu ego recua ainda mais para dentro de si próprio e deixa seus vários corpos
mais livres do que de costume, para seguirem seu próprio caminho. Esses corpos
separados são (1) muito mais suscetíveis a impressões vindas de fora do que em
outras ocasiões, e (2) têm uma consciência própria muito rudimentar. Conseqüentemente,
há ampla razão para que produzam sonhos, bem como para que haja recordação
confusa, no cérebro físico, das experiências dos demais corpos durante o sono.
Tais sonhos confusos podem ser devidos
a: (1) uma serie de quadros desconexos e de transformações impossíveis
produzidos pela ação automática, e sem sentido, do cérebro físico inferior; (2)
um fluxo de pensamento casual que tem estado a percorrer a parte etérica do
cérebro; (3) a sempre inquieta maré de desejos terrenos, influindo através do corpo
astral, e provavelmente estimulada por influencias astrais; (4) tendência
imperfeita de dramatização por parte de um ego não-desenvolvido; (5) mistura de
várias dessas influências.
Vamos descrever brevemente os
elementos principais em cada um desses tipos de sonho.
1.
Sonhos do cérebro físico.
Quando dorme, o ego entrega o controle
ao cérebro, e o corpo físico ainda tem certa enevoada consciência de si
próprio. Alem disso há também a consciência agregada das células individuais do
corpo físico. O domínio da consciência física sobre o cérebro é muito mais
fraco do que o do ego sobre esse mesmo cérebro e, conseqüentemente,
modificações puramente físicas podem afetar o cérebro numa extensão muitíssimo
maior. Exemplos de tais modificações físicas são: irregularidade na circulação
do sangue, indigestão, calor ou frio etc. A enevoada consciência física possui
certas peculiaridades: (1) é, em grande parte, automática; (2) parece incapaz
de captar uma idéia, exceto na forma na qual é ela própria que atual:
conseqüentemente, todos os estímulos, sejam internos ou externos, são
imediatamente trasladados para imagens perceptíveis; (3) é incapaz de dominar
idéias ou lembranças abstratas como tais, e passa a transformá-las
imediatamente em percepções imaginarias; (4) toda direção local de pensamento
passageiro sobre a China transporta a consciência instantaneamente para a
China; (5) não tem o poder de julgar a seqüência, valor ou verdade objetiva dos
quadros que lhe aparecem à frente; toma-o todo os quais os vê, e jamais se
surpreende com o que possa acontecer, por muito incongruente e absurdo que o fato
seja; (6) está sujeita ao princípio de associação de idéias e por isso imagens
sem outra conexão exceto o fato de representarem acontecimentos que se passaram
em outra ocasião podem surgir misturadas, em inextricável confusão; (7) é
singularmente sensível à mais leve influência externa, tal como sons ou toques;
e (8) exagera e distorce essas influências num grau quase incrível.
Assim, o cérebro físico é capaz de
criar exagero e confusão suficientes para que lhe sejam atribuídos muitos, mas
de forma alguma todos os fenômenos do sonho.
2.
Sonhos do cérebro etérico.
O cérebro etérico ainda é mais
sensível às influências externas durante o sono do corpo do que durante o
período de consciência desperta. Enquanto a mente está ativamente empenhada, o
que, em conseqüência, traz o cérebro inteiramente empregado, ela se faz
virtualmente impermeável à contínua pressão dos pensamentos externos. Mas, no
momento em que o cérebro fica ocioso, o fluxo do caos inconseqüente começa a
derramar-se nele. Na grande maioria das pessoas, os pensamentos que fluem
através de seus cérebros não são em realidade seus próprios pensamentos, mas
fragmentos lançados por outras pessoas. Em conseqüência, na vida do período de
sono especialmente, qualquer pensamento itinerante que encontrar algo que tenha
afinidade com ele, no cérebro da pessoa adormecida, é captado por esse cérebro,
que dele se apropria, iniciando-se assim todo um curso de idéias: tais idéias,
eventualmente, vão-se apagando e desaparecem, e o fluxo desconexo, indefinido,
começa de novo a agir através do cérebro.
Um ponto a considerar é que, já que no
presente estado de evolução do mundo é provável que exista quantidade maior de
maus do que de bons pensamentos flutuando por ai, um homem cujo cérebro não é
controlado está aberto para toda sorte de tentações que lhe teriam sido
poupadas se a mente e o cérebro tivessem controle.
Mesmo quando tais correntes de
pensamentos são expulsas do cérebro etérico do indivíduo adormecido, pelo
deliberado esforço de outra pessoa, aquele cérebro não permanece inteiramente
passivo, mas começa lenta e sonhadoramente a desenvolver quadros para si
próprio, retirando-os dos que foram acumulados pelas suas lembranças do
passado.
3.
Sonhos astrais.
São simples recordações, no cérebro
físico, da vida e da atividade do corpo astral durante o sono do corpo físico,
e a isso já nos referimos nas paginas precedentes. No caso de pessoa
razoavelmente desenvolvida, o corpo astral pode movimentar-se, sem desconforto,
para distâncias consideráveis de seu corpo físico e podem trazer de volta
impressões mais ou menos definidas dos lugares que visitou ou das pessoas com
as quais se encontrou. Em todos os casos, como já dissemos, o corpo astral é
sempre intensamente impressionado por qualquer pensamento ou sugestão que
envolva desejo ou emoção, embora a natureza dos desejos que mais rapidamente
despertam uma resposta dependa naturalmente do desenvolvimento da pessoa e da
pureza ou da rusticidade de seu corpo astral.
O corpo astral, em todos os tempos,
mostra-se suscetível às influências das correntes de pensamento que passam e,
quando a mente não está controlando-o ativamente, vai recebendo perpetuamente
esse estímulos externos e respondendo a eles animadamente. Durante o sono, ele
ainda é mais facilmente influenciado. Em conseqüência, um homem que, por
exemplo, destruiu inteiramente um desejo físico que podia ter anteriormente, no
que se refere ao álcool, de modo que, quando acordado, tem até mesmo uma
repulsa definitiva por ele, pode ainda assim, e freqüentemente, sonhar que está
bebendo, e nesse sonho experimentar o prazer da sua influência. Durante o dia,
o desejo do corpo astral estará sob controle da vontade, mas quando esse corpo
astral é liberado pelo sono, escapa, de certa forma, ao domínio do ego e,
respondendo provavelmente a influências astrais externas, retomba em seu velho
hábito. Essa classe de sonhos é, com certeza, comum a muitos que estão fazendo esforços positivos para levar sua
natureza de desejo a aceitar o controle da vontade.
Também pode acontecer que o homem
tenha sido um ébrio em uma vida anterior e ainda possua, em seu corpo astral,
um pouco da matéria absorvida pelas vibrações causadas no átomo permanente pelo
alcoolismo. Embora essa matéria não seja vivificada em sua vida, nos sonhos,
contudo, sendo fraco o controle do ego, a matéria pode responder às vibrações
da bebida, vindas de fora, e o homem sonha que está bebendo. Tais sonhos, uma
vez compreendidos, não devem causar angústia: apesar disso devem ser vistos
como uma advertência de que ainda está presente a possibilidade de que a paixão
do álcool seja reativada.
4.
Sonhos do Ego.
Por muito que a natureza do corpo se
modifique à proporção que se desenvolve, ainda maior é a modificação do ego, do
homem real, que nele habita. Enquanto o corpo astral nada mais é que uma forma
nebulosa, flutuante, o ego está quase tão adormecido quanto o seu corpo físico,
sendo cego para as influências de seu próprio plano superior: mesmo quando uma
idéia daquele plano consegue alcançá-lo, já que não há nele controle para seus
corpos inferiores, ou o há pequeno, não lhe será possível imprimir a
experiência em seu cérebro físico.
As pessoas adormecidas podem estar em
qualquer estágio, desde o de esquecimento completo até o de completa
consciência astral. E devemos recordar, conforme foi dito anteriormente, que,
embora possa haver muitas experiências importantes nos planos superiores, o
ego, apesar disso, pode ser incapaz de imprimi-las no cérebro, de forma que não
haverá lembrança física, de forma alguma,
mas apenas uma recordação das mais confusas.
As principais características da consciência
e das experiências do ego, sejam ou não recordadas pelo cérebro, são as
seguintes:
(1) As medidas de tempo e espaço do
ego são de tal modo diferentes das que ele usa em sua vida desperta que isso é
quase como se nem tempo nem espaço existissem para ele. Muitos exemplos são
conhecidos em que, em poucos momentos de tempo, tal como nós o medimos, o ego
pode ter experiências que parecem durar muitos anos, acontecimento acontecendo
em completos pormenores circunstancias.
(2) O ego possui a faculdade ou o
habito da dramatização instantânea. Assim, um som ou um toque físico pode
alcançar o ego, não através do habitual mecanismo dos nervos, mas diretamente,
uma fração de segundo antes que atinja o cérebro físico. Essa fração de segundo
é suficiente para o ego construir uma espécie de drama, ou serie de cenas que
culminam no acontecimento que acorda o corpo físico. O cérebro confunde o sonho
subjetivo e o acontecimento objetivo e, assim, imagina-se como tendo realmente
vivido através dos fatos do sonho.
Esse hábito, contudo, parece ser
peculiar ao ego que, no que se refere à espiritualidade, ainda é relativamente
pouco desenvolvido. À proporção que o ego se desenvolve espiritualmente,
eleva-se acima dessas graciosas brincadeiras da infância. O homem que obteve
continuidade de consciência está de tal modo integralmente ocupado no trabalho
de planos superiores que não devota energia a essa dramatização e, por isso,
tal classe de sonho cessa para ele.
(3) O ego possui também, e até certo
ponto, a faculdade de previsão, sendo capaz às vezes de ver com antecipação
acontecimentos que se vão dar, ou antes, que se dariam a não ser que algo fosse
feito para evitá-los. E imprime essa previsão em seu cérebro físico.
Registram-se muitos exemplos desses sonhos proféticos ou alertadores. Em alguns
casos o aviso pode ser aceito, os passos necessários são dados e o resultado
previsto é modificado ou inteiramente evitado.
(4) O ego, quando fora do corpo
durante o sono, parece pensar em símbolos: uma idéia, que aqui precisaria de
muitas palavras para ser expressa, lhe é perfeitamente transmitida através de
uma só imagem simbólica. Se tal pensamento simbólico é impresso no cérebro, e
recordado quando desperta a consciência, a mente pode traduzi-la em palavras;
por outro lado, aquilo pode passar apenas como um símbolo, introduzido, e assim
causar confusão. Em sonhos dessa natureza, ao que parece, cada pessoa tem um
sistema simbológico próprio: assim, água significa aproximação de transtornos,
pérolas podem significar lágrimas, e assim por diante.
Se um homem quiser ter sonhos úteis,
isto é, colher, em sua consciência acordada, os benefícios daquilo que o ego
possa ter aprendido durante o sono, há certos passos que devem ser dados para
obter tal resultado.
Primeiro: é essencial que ele forme o
hábito do pensamento mantido e concentrado durante a vida comum, quando
desperto. Um homem que tem o controle absoluto de seus pensamentos saberá,
sempre, exatamente em que está pensando e por quê. Descobrirá também que o
cérebro, assim treinado para ouvir as sugestões do ego, permanecerá quieto
quando não está sendo usado, e recusará receber e responder ao fluxo casual
vindo do oceano de pensamentos circundante. Tal homem, assim, provavelmente
receberá influências de planos superiores, onde a intuição é mais aguda, o
julgamento mais verdadeiro do que jamais podem ser no plano físico.
Será bastante desnecessário
acrescentar que o homem deverá também ter o domínio completo de, pelo menos,
suas mais baixas paixões.
Por um ano muito elementar de magia,
um homem pode expulsar de seu cérebro etérico a corrente de pensamentos que o
pressionam, vindos de fora. Para tal fim ele deve, quando se deita para dormir,
imaginar sua aura e desejar fortemente que sua superfície externa se torne uma
concha que o proteja de influências exteriores. A matéria áurica obedecerá ao
seu pensamento e formará a concha. Essa providência é de apreciável valor para
o fim desejado.
A grande importância de fixar o último
pensamento em coisas nobres e elevadas, antes de adormecer, já foi mencionada e
deve ser regularmente praticada por aqueles que queiram manter seus sonhos sob
controle.