Cada pensamento bem definido produz um
duplo efeito:
Uma vibrante radiação e uma forma
suscetível. De flutuar pelo espaço. Falando com propriedade, no princípio o
pensamento parece ao clarividente como uma vibração no corpo mental, que se
pode manifestar sob uma forma complexa ou simples.
Se o pensamento é perfeitamente
simples, não põe em atividade mais do que uma espécie de vibração; portanto,
apenas uma espécie de matéria mental será notavelmente modificada. O corpo mental está, com efeito,
composto de matéria de diferentes graus de densidade, que geralmente dividimos
em "espécies" correspondentes aos diversos subplanos..
Cada um destes subplanos se separa em
muitas subdivisões, e se representamos estas traçando linhas horizontais para
indicar os diferentes graus de densidade, há uma outra disposição que
poderíamos simbolizar traçando linhas verticais cortando-as em ângulos retos, para
denotar os diferentes
tipos de qualidades de
densidades.
Existem, pois, numerosas variedades de
matéria mental, e tem se notado que cada uma delas tem seu modo especial e bem
definido de vibração, ao qual parece mais habituada. De sorte que cada
variedade responde automaticamente e tende naturalmente a reproduzir as mesmas
vibrações que tenham sido interrompidas por um pensamento ou uma sensação
marcadamente forte em outro sentido.
Vejamos um exemplo: um homem que ceda
frequentemente a pensamentos impuros, poderá esquecê-los enquanto permaneça
engolfado na corrente diária de seus negócios, e não obstante isso, as formas
de pensamento flutuam sobre ele, qual uma espessa nuvem, pois toda a sua
atividade mental está dirigida em outra direção e o seu corpo astral é sensível
apenas a vibrações similares.
Mas quando as atividades exteriores
diminuem, quando o homem se entrega ao descanso depois do trabalho, e a sua
mente está passiva, sentirá a corrente insidiosa das vibrações impuras
dirigir-se para si. Se a sua consciência está desperta até certo grau, ele se
aperceberá do fato que acabamos de explicar, e dirá que "esta tentação é
obra do diabo". Contudo, a verdade é que este assalto do mal não vem do
exterior, senão em aparência, pois na realidade é a reação de suas próprias
formas de pensamento.
Cada homem se move num espaço,
encenado como que numa caixa fabricada por ele mesmo, rodeado de cardumes de
formas de pensamento habituais.
Nestas condições, ele só vê o mundo
através deste tabique, e naturalmente matiza todas as coisas com a sua própria
cor dominante, e toda a gama de vibrações que o afetam é mais ou menos
modificada pela sua própria tinta pessoal. Assim é que o homem não vê nada com
exatidão até haver aprendido a dominar por completo os sentimentos e os
pensamentos.
Antes disso, todas as suas observações
têm de ser feitas através de seu meio próprio, o qual deforma e empana tudo
quanto o afeta, semelhante a um espelho embaciado. Se o pensamento não se
dirige especificamente para alguém, se não se fixa no ser a quem é enviado,
flutua simplesmente na atmosfera, radiando sem cessar vibrações análogas às que
têm sido postas em movimento pelo seu criador.
Se o pensamento não se põe em contato
com outros corpos mentais, esta vibração diminui gradualmente em energia e
termina com a dissolução da forma de pensamento. Se, ao contrário, esta
vibração consegue despertar num corpo mental próximo uma vibração simpática, as
duas vibrações se atraem e a forma de pensamento é, geralmente, absorvida por
este novo corpo mental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
ok