As
doenças físicas ou mentais como já sabemos não tem suas origens na matéria ,
geralmente são manifestações de imperfeições morais. A dor sofrida no corpo
físico é na verdade um grito de socorro da alma que se encontra em desarmonia
com as leis naturais e precisa de ações da consciência objetiva para entender
com detalhes a origem e os mecanismos da lei infringida tornando assim viável a
retomada do caminho rumo a paz interior que está diretamente relacionada com a
observância da lei.
Claro
que vale a pena lembrar que o amor é sempre um atalho confortável e eficiente
para este caminhar. Em muitos casos os medicamentos oferecidos pela medicina
fazem efeitos apenas no corpo físico, o que torna-se uma negação aos pedidos da
alma, é como se disséssemos; não quero a dor, mas quero a imperfeição que
originou a dor, isso com certeza não é a medida mais inteligente a tomar,
trata-se apenas de protelar a solução do problema que mais cedo ou mais tarde
se manifestará de formas mais agressivas e dolorosas.
Jesus
nos falou que se fossemos a ele, nosso fardo seria aliviado, sabendo que fardo
aqui significa dor e sofrimento, podemos perceber que o “ir a ele” significa
seguir seus preceitos, principalmente a fé, pois qualquer um que entende o
objetivo real da vida percebe que o futuro espiritual existe, e que a
felicidade deste futuro se faz no presente, mas na fase atual da humanidade
poucos espíritos estão preparados para evoluírem sem dor em busca da felicidade
real, no ensinamento oferecido pela dor, o entendimento do porquê a dor
acontece, torna-se um bálsamo para as feridas abertas. Apesar deste
conhecimento nem sempre ser o suficiente para cicatrizar a ferida, será sempre
um anestésico que aliviará a dor.
Dois
grandes catalisadores do sofrimento são a intemperança e a teimosia que estão
diretamente relacionados com o orgulho que sem dúvida é um dos maiores males da
humanidade, isso acontece pela oposição que o orgulho faz à dor, isso porque
quem tem orgulho de seu irmão não poderá ama-lo adequadamente e conforme jesus
nos ensinou; o maior legado da alma é a crescente aquisição do amor.
Pietro
Ubaldi em seu livro a “lei de Deus” nos explica isto da seguinte forma.
1) Trata-se de uma ética universal, que diz respeito à
vida e permanece verdadeira em todas ás suas formas chegadas a um dado nível de
evolução, em qualquer corpo celeste do universo. Por isso, ficando acima de
todos os pontos de vista particulares e relativos, esta ética resulta absolutamente
imparcial a respeito das divisões humanas, porque delas é completamente
independente.
2) Trata-se de uma ética positiva, como é a ciência,
baseada em fatos, de uma ética que não é senão um capítulo da Lei que tudo rege
e que a ciência estuda em outros seus aspectos. Ética de efeitos calculáveis,
determinística, baseada em princípios absolutos, sem escapatórias, como por
exemplo, a lei da gravitação e as leis do mundo físico, químico,
biológico, matemático etc.
3) Trata-se de uma ética praticamente utilitária,
concorde com o princípio fundamental da Lei, que é a justiça e também o desejo
do ser; justiça que exige que o sacrifício da obediência à Lei e o esforço para
evoluir encontrem a sua recompensa. Ética correspondente ao instinto
fundamental do ser, que é o de fugir do sofrimento e de chegar à felicidade.
Por isso, vem a ser uma ética capaz de ser entendida e aceita, porque satisfaz
à forma mental do homem moderno.
4) Trata-se de uma ética racional, logicamente demonstrada,
que não se baseia na fé cega, no princípio de autoridade ou no terror de
castigos arbitrários e obscuros, mas que convence quem saiba pensar. Uma ética
que não admite enganos, porque nela se pode ver tudo claro: a
perfeição e a bondade das regras, às quais devemos obedecer até as últimas
consequências de cada ato nosso.
5) Esta ética resulta de um sistema
filosófico-científico universal que tudo abrange e explica desde o princípio
até o fim, sistema do qual ela representa um aspecto controlável nas suas
consequências práticas da vida comum. Estas conclusões se baseiam no valioso
apoio de teorias positivas gerais que as sustentam, orientando-nos também a
respeito de tantos outros fenômenos, dos quais estas teorias oferecem uma
interpretação lógica.
6) Esta ética pode ser submetida a um controle experimental
no laboratório da vida, com o mesmo método positivo da experimentação que a
ciência usa para controlar a verdade das outras leis que vai descobrindo, e
todas juntas, ao lado desta ética, constituem a grande Lei que tudo rege.
7) De fato, estas conclusões foram submetidas, por nós
que as estudamos em nossa própria vida e na alheia e por meio século, sob
controle experimental, que as confirmou plenamente. E muitas testemunhas viram
os fatos que aconteceram.
8) Afinal de contas, não estamos dizendo coisa nova, mas
repetindo com outras palavras o que já foi dito no Evangelho e pelas religiões
mais adiantadas que o mundo possui; De tudo isto só quisemos dar demonstração
lógica e prova experimental. Explicamos a necessidade de tomar a sério e viver
o que o mundo está repetindo com palavras há milênios.
9) Esta ética não somente nos orienta no imenso mundo
fenomênico em que vivemos, dirigindo com conhecimento a nossa conduta, mas explica
o que está acontecendo, a razão dos fatos que nos cercam e logicamente os
justifica quando não quereríamos aceitá-los, como no caso do sofrimento. Esta
ética, respondendo às nossas perguntas e oferecendo uma solução razoável aos
problemas da nossa vida, ilumina o caminho que temos a percorrer, de modo que
possamos vê-lo e nele avançar, não de olhos fechados, mas com as vantagens
oferecidas pelo conhecimento da Lei e a certeza da sua justiça e bondade.
10) Esta ética responde a uma necessidade do momento
histórico atual. O Céu, contemplado, admirado e venerado na Terra, sempre de
longe, como sonho praticamente irrealizável, não pode ser apenas teoria vivida
por poucas exceções: deve descer e realizar-se entre nós. Seria absurdo que os
grandes ideais existissem para nada, como o homem preguiçoso preferiria.
Apesar da sua indiferença, ele não pode paralisar as forças da evolução na
realização do seu objetivo fundamental, que é o progresso.
Com o abrir-se da inteligência e o aumento do conhecimento,
vai aparecer também no terreno da ciência positiva, a verdadeira concepção de
Deus e da sua Lei. Ela sairá, então, das formas das religiões particulares em
lutas entre si, da clausura das igrejas, do exclusivismo dos seus
representantes. Então, o homem, mais consciente, perceberá a grande realidade
que é Deus e, finalmente, para o seu bem, se colocará, obediente, na ordem da
Lei.
S.
Vicente, Páscoa de 1959.
Percebam
que este texto escrito em 1959 permanece, ainda hoje um termo atual, e continuará
a sê-lo por tempo indeterminado, pois trata-se de uma verdade eterna, Jesus que
nos pregou com tanta veemência a importância do amor, atualmente nos explica
cientificamente, usando os espíritos de luz que se comunicam através de nossos
médiuns porque o amor é importante.
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