A vontade nos move. É um potencial localizado na alma que desenvolve
todos os outros potenciais. Se uma pessoa tem fome, a vontade de comer se
manifesta e ela vai procurar recurso para se suprir. Perceba então que a fome
não provocou a ação o movimento da matéria, a fome ativou a vontade e esta
provocou a ação. A falta de energia no organismo provocou um sinal químico que
foi enviado para o cérebro, a alma captou as vibrações deste movimento ativando
a vontade, que acionou o períspirito, que acionou o cérebro, que provocou os movimentos
necessário para conseguir alimento. Esta vontade, ainda nos domínio da alma,
age diretamente e em primeiro lugar sobre as potencias morais dentro da alma. Se
a pessoa em questão tem o caráter voltado para crueldade, a vontade ativará
esta característica como recurso principal para conseguir o objeto do desejo. Quando
esta pessoa já tem o nível moral mais desenvolvido, procura o trabalho honesto
para conseguir o que precisa.
Conforme Léon Denis: “a vontade é em sua ação, comparável ao imã. A
vontade de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos novos recursos
vitais; tal é o segredo da lei da evolução. A vontade pode atuar com
intensidade sobre o corpo fluídico, ativar-lhe as vibrações e, por esta forma, apropria-lo
a um modo cada vez mais elevado de sensações, prepara-lo para mais alto grau de
existência.”
A vontade então exerce sobre a matéria uma atração imensurável,
provocando as vibrações necessárias para a ação dos músculos a ponto de
conseguir os objetos do desejo. Esse querer vem da alma e de uma forma ou de
outra estará sempre a serviço da evolução humana em direção à perfeição moral. É
esta nossa parte na caminhada que Jesus se refere quando diz: “faça tua parte
que eu te ajudarei”; nossa parte é só o querer, é nos colocar a disposição do
bem através de nosso livre arbítrio. Se você quer fazer o bem, esta é a
alavanca que te impulsionará fazendo as coisas acontecerem.
A boa noticia é que a vontade pode e deve ser desenvolvida, a má noticia
é que a vontade, para ser desenvolvida, tem que ter o querer que é a vontade. Então
como fazer? Devemos usar o querer que já temos, seja ele para o mal ou para o
bem, a vontade o transformará para energia positiva. Se, por exemplo, esse
querer for usado para o vício do cigarro, esse vício te trará prejuízos, que te
fará tentar parar de fumar, e essas tentativas desenvolverão sua força de
vontade, moldando seu querer através do sofrimento.
Outro método eficiente para o desenvolvimento da vontade sem grandes
sofrimentos é escrever na agenda ou no celular uma mensagem descrevendo a
vontade como o recurso indispensável para conseguir qualquer coisa na vida. Leia
periodicamente esta mensagem, assim a vontade de conseguir outras coisas na
vida te incentivará a desenvolver sua vontade de ter vontade.
A vontade está intimamente ligada à persistência, a tenacidade. Quanto mais
se quer uma coisa mais se insiste na aquisição da mesma. Também a força e a
dedicação que dispensamos na realização de algo vai ser sempre proporcional à força
do nosso querer.
A fé é outro pilar importante que caminha lado a lado com a vontade, e temos
que desenvolvê-la paralelamente com a vontade, para podermos dar continuidade à
persistência já que ninguém busca uma coisa na qual não acredita. Ela é um
alimento da vontade assim como a vontade é um instrumento de realização da fé.
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