Em nosso enredo mental um fator chama a atenção: nas cenas que constroem os traumas você capta no ambiente que te rodeia, mas as emoções não estão nas cenas, estão sim em seu interior. Mas como foram parar aí dentro? Qual o propósito delas?
Nosso espírito foi criado em um processo natural como todas as outras
coisas, com a diferença de termos sido dotados de um princípio vital e
instintos primitivos que, na verdade, são qualidades divinas reduzidas a
sementes.
Peguemos o instinto de perpetuação
da espécie, como exemplo. Para perpetuar a espécie foi criado o instinto sexual
e a necessidade de proteger a cria; desta necessidade nasceu o amor materno e
paterno que vem se expandindo para os semelhantes. O egoísmo, que é a origem de
todos os outros defeitos e emoções negativas, também nasceu no início de nossa
caminhada, em nossas primeiras encarnações quando o homem, ainda na condição de
animal, estava povoando o planeta, morava em cavernas vivendo de caça e pesca. O
instinto sexual que foi criado em função da reprodução, deu origem ao egoísmo
da seguinte forma:
Para garantia de que o ato sexual fosse acontecer, a consciência cósmica
associou a este ato um prazer irresistível, o que levou o macho a desejar muitas
fêmeas e consequentemente a lutar pela sobrevivência delas e de seus filhotes. Para
isso ele precisava de um território de caça maior e da garantia de que outros
grupos não usariam este território.
Todos estes ingredientes em volta
do prazer sexual o levaram a demarcar uma área e defendê-la de unha e dente, a
partir do momento que ele fez isso e determinou: É MEU! Começaram assim nossos
problemas, se agigantando cada vez mais em violentas e sangrentas disputas.
Assim nossas emoções negativas vêm se enraizando dentro de nós há
milênios, e se perpetuam em nosso inconsciente, sintonizadas por detalhes que
foram associadas a elas nos primórdios de nossa criação. Felizmente nossa intelectualidade
e emoções positivas também vêm se desenvolvendo; o amor vem substituindo o ódio
e o conhecimento vem substituindo a ignorância, nos tornando cada vez mais
humanos.
A expressão dos sentimentos, nada mais é, do que as emoções desencadeadas
através do mecanismo de nossa mente que associação ideias a emoções. Já para
nós, nem sempre é uma questão de escolher se a emoção positiva ou a negativa
deve se exteriorizar, pois dependerá sempre do estímulo externo que recebermos,
portanto, para que tenhamos o controle efetivo de nossas emoções temos que ter
em foco nossas intenções, e o porquê desejamos esse controle. Esse foco deve
ser voltado para as inclinações de nossa consciência subjetiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
ok