ANDRÉ ROSINE |
O que é a felicidade afinal? Vivendo aqui na Terra, na turbulência de
nosso dia a dia é difícil definir esse estado com exatidão, mas podemos dizer
sem medo de errar que sem o equilíbrio e a paz interior não há felicidade. Note
que eu disse interior, o que quer dizer que a felicidade não está lá fora, está
em nos mesmos, podemos ser felizes mesmo vivendo no inferno, se assim não fosse
como poderiam os anjos divinos nos prestar assistência. Viajando em seu
interior, você encontrará Deus, pois essa parte em você, que é imagem e
semelhança de Deus, o sintonizará com Ele. E é esta parte e que você tem que
procurar, não com a pretensão de ser Deus, mas de aperfeiçoar o máximo possível
as qualidades divinas. Autoconhecimento e renovação, substituição de práticas
nocivas por atitudes que promovem; progresso espiritual e felicidade.
DETERMINAÇÃO
A reforma íntima como já foi dito anteriormente é renovação, é como uma
casa que precisa ser faxinada cômodo por cômodo, portanto, requer trabalho,
dedicação e disciplina. Para isto, várias situações adversas serão enfrentadas,
entre elas: traumas internos adquiridos no decorrer da vida e que bloqueiam o
subconsciente; conceitos culturais enraizados a milhares de anos, passados de
geração a geração; débitos adquiridos em vidas pregressas representados na
encarnação atual por obsessores; conceitos sociais extremamente materialistas,
entre outras barreiras aparentemente intransponíveis que surgirão pelo caminho.
Assim a determinação é um dos pontos indispensáveis para quem deseja trilhar o
caminho da felicidade.
A determinação está ligada à atitude, que por sua vez esta ligada ao
querer, ao desejo de ser. Este desejo de ser, por sua vez, para que tenha o
alcance necessário, deve ganhar o direcionamento correto que gira em torno de
dois eixos principais; a tirania e o abrandamento. As duas situações exigem,
cada uma a seu modo, a determinação. A tirania deve ser empregada contra você
mesmo. Seja exigente, não considere a possibilidade de errar, pois nossa
tendência é sempre amenizar nossas faltas, varrendo a sujeira para debaixo do
tapete, tornando invisível à nossa consciência, a nódoa envernizada que
apodrece nosso ser. Temos que ser firmes; austeros com disciplina e
discernimento.
ABRANDAMENTO
Em relação ao abrandamento, deve ser praticado no julgamento ao próximo.
Este sim, temos que tratar com condescendência, demonstrando todo nosso amor e
dedicação, nos lembrando de respeitar sempre seu livre arbítrio. A consciência íntima
de cada um não pode ser violada, pois é única em cada ser e é ela que conduzirá
cada um pelos meandros internos até atingir a relativa perfeição do ser real e
eterno. Devemos então apenas indicar o caminho, esperando que pelo
esclarecimento, sua própria vontade de se melhorar se desponte. Apenas a
própria pessoa tem o direito de ser cruel consigo mesma e, mesmo assim, quando
for para seu bem, para com o próximo, a afabilidade e a doçura têm que ser a
tônica, assim estará dando oportunidade para prática do amor, tantas vezes
enfatizadas pelo mestre.
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