A sede do
sentimento é o coração. Um aperto no peito pode ser indicio de uma paixão, uma
melancolia depressiva ou de um eminente infarto. Nesse último caso o problema é
físico e a característica da dor sentida denunciará isso, o entupimento da veia
acionou os nevos que carregando sinais elétricos até o cérebro transmitiu a
necessidade da dor, portanto esse é um processo que teve início com um sinal
químico, mas quando essa dor trata-se de paixão percebemos claramente que nossa
mente foi ativada primeiro e o pensamento ativou depois o coração, portanto a
dor da paixão teve início com uma onda
de pensamento que é bem mais abstrata que um sinal químico, um teve como
pontapé inicial a fisiologia do corpo, o outro a fisiologia da alma, nos dois
casos o processo passou pelo cérebro e foram comandados pelo espirito, a
diferença é que o sinal químico veio de fora ou do físico ativando o cérebro;
enquanto que a onda de pensamento acionou o espirito a partir do cérebro, sendo
então a dor do infarto uma sensação física e a dor da paixão uma sensação
espiritual, embora os dois processos tenha sido comandados pelo espirito.
As emoções
são expressões dos sentimentos, ativadas pelo espirito, e várias são as
situações que podem desencadear as emoções, quando vemos, por exemplo, alguém
parecido com a pessoa que amamos essa imagem traz lembranças, e junto com essas
lembranças vem as emoções que podem provocar em nós um leve tremor. O
sentimento é mais sutil que o pensamento e este é mais sutil que o tremor, o
que ocorre então é uma progressão vibracional, transformando o sentimento em
tremor físico, ou em rubor no caso de vergonha, ou em palidez no caso de medo
etc.
Cada
espirito encarnado ou desencarnado tem um nível de vibração especifico sentindo
de forma individual os impactos vibracionais, tudo depende da nobreza de
sentimentos de cada um, se o espirito é portador de sentimentos mais elevados, as
emoções serão suaves, e até mesmo prazerosas no sentido angelical, quanto mais
nobre nossos sentimentos mais felizes e contentes seremos, evidentemente o
contrário ocorre àqueles que tem sentimentos mais próximos dos instintos.
O bom estado
vibracional dos espíritos é de suma importância no momento de receber ajuda
divina, pois as leis de Deus trabalha a favor de quem as segue, não que outros
também não serão amparados, afinal somos todos filhos de Deus, mas aquele que
segue as leis será amparado com conforto espiritual e brindado com a taça da
felicidade, enquanto que quem nada contra a maré terá sempre alívios apenas
paliativos e temporários.
Qual o limite da paixão?
Quando
falamos de paixão, não estamos falando de amor fraterno, são duas coisas
diferentes que muita gente costuma confundir, a paixão está mais ligada aos instinto
sexual e aos vícios, o futebol é um exemplo disso, gera nas pessoas de
instintos mais primitivos a incitação à violência dentro e fora dos estádios,
quando estamos apaixonado por uma pessoa o que move esta paixão são os
interesses materiais ou o instinto sexual, ao contrário do amor que é um
sentimento profundo que vem da alma e é movido pelo desejo, e até mesmo pela
necessidade, de ajudar o outro, em nosso estagio evolutivo só a alta análise
pode definir o limite da paixão em cada um, o que deve-se definir é o quanto a
relação está te fazendo sofrer, o amor traz alivio para a alma conota doçura
delicadeza e bem estar interior, enquanto a paixão é mais impetuosa carregada
de desconfianças, ciúmes e sentimento de posse, provoca disputas entre os casais
provocando sofrimento e desgastes nos dois. Resumindo; a paixão é derivada do
instinto, e o amor é uma evolução da paixão.
Eliminando o egoísmo
Perceba o
quanto de egoísmo existe na paixão; ciúmes, sentimento de posse entre outros.
O egoísmo é
derivado no sentimento de conservação e preservação da espécie e é a origem de
todos os outros sentimentos como; a vaidade, o orgulho a ingratidão etc. o
sentimento de conservação não é nada mais que o gostar de si mesmo, o auto
amor, só que este amor original faz referência ao espirito, mas quando o
espirito começa suas encarnações esse auto amor é transferido para o eu pessoal
em formação e para o corpo material, nesse ponto já si caracterizando como
egoísmo e não mais como amor.
O que temos
a fazer é voltar as raízes, através da meditação, e curar o egoísmo ainda como
instinto de conservação e preservação da espécie. Resgatar o amor ao espirito
quando o espirito ainda não havia encarnado. Hoje não temos mais necessidade de
auto defesa para sobreviver, basta confiar na espiritualidade, segurar seu
emprego e estar preparado para aceitar o sofrimento como forma de evolução
moral se for necessário. Devemos transformar o egoísmo em sentimento de amor e
gratidão ao criador e dedicação à obra de Deus.
Devemos Ir eliminando no percurso da regressão
todo sentimento de culpa, levando em consideração a ignorância que tinha nosso
espirito até então, e a necessidade dessa ignorância e do sofrimento por ela
gerado, para o endurecimento do espirito no bem.
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