Sendo a verdade um dos maiores patrimônios que Jesus nos deixou fica
fácil imaginar porque Ele foi tão cruelmente assassinado.
Vários são os aspectos da verdade, e geralmente cada pessoa carrega sua
própria verdade que sustenta seus sentimentos de egoísmo ou desapego, uma
verdade fundamental é eterna e reconhecida instantaneamente pelo espírito
preparado, intelectualmente ou moralmente para reconhece-la, fica fácil
comprovar isso pela durabilidade e credibilidade das palavras do Cristo ditas a
mais de dois mil anos, sendo que os conceitos humanos caem por terra em décadas
ou até mesmo em menos tempo.
Os falsos conceitos que geralmente servem apenas ao egoísmo e ao orgulho
conseguem atingir apenas as camadas mais superficiais da mente humana, não
podendo serem aceitas mais profundamente onde se chocam com os princípios
divinos advindos do espírito divino colocado em nós por Deus, do espírito santo
e do espírito da verdade implantado em cada ser humano por Jesus.
A verdade torna-se um porto seguro não apenas por ser eterna, mas também
por ser fundamental e indispensável para felicidade do homem, a consciência que
acusa estará sempre acusando uma mentira, ao passo que o conceito em acordo com
a consciência sempre confirmará uma verdade proporcionando paz e sossego.
A beleza da verdade sempre será inconfundível não só por se identificar
perfeitamente com a alma remetendo a uma paz duradoura, mas também pela
harmonia e segurança contida em si mesma. A beleza é um sentimento interior que
traz a luz da consciência, um sentimento de prazer e paz.
Sendo jesus uma pessoa de verdades fundamentais jamais poderia escapar
de represaria em uma sociedade que vivia de aparências servindo ao orgulho ao
egoísmo e a vaidade, assim crucificaram-no por interesses que serviam as castas
sociais da época, como veremos mais detalhadamente a seguir.
Jesus é um espírito que se propôs descer ao planeta Terra para mostrar
aos homens o caminho que leva a felicidade eterna. Obviamente não merecia e não
precisava ser crucificado como foi. Poderia muito bem ter cumprido sua missão e
retornado a sua morada eterna sem maiores problemas, mas a humanidade mesmo
tendo sido visitada por Moisés e outros pregadores não adquiriu o ritmo
evolutivo de outros planetas de sua idade e natureza atômica. A programação
original da data da vinda do Cristo coincidia com a data que Ele encarnou no
planeta, mas os habitantes da terra usando do livre arbítrio haviam atrasado
seu nível evolucionário, naturalmente a morte de jesus por assassinato
ocorreria, também em outras épocas, de uma ou de outra forma, a crucificação
ocorreu por ser a forma como os condenados a morte eram executados na época.
Essa condenação ocorreu porque jesus pregava conceitos conflitantes com os
interesses da elite política e econômica da época como seria ainda hoje se
alguém com o seu carisma viesse a falar de amor e igualdade entre os homens.
Na época que jesus veio ao planeta, o sinédrio julgava todos os crimes,
incluindo o de blasfêmia que geralmente se resumia em atos e pregações que
feriam os interesses políticos e econômicos da elite, o sinédrio em várias
ocasiões chegou a colocar espiões entre os discípulos de jesus tentando
conseguir elementos para condena-lo por blasfêmia, “Então o sumo sacerdote
rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de
testemunhas? Eis que agora acabai de ouvir a sua blasfêmia. ”
(Mateus 26:65)
Levantaram-se, porém, alguns dos que eram da sinagoga chamada dos
Libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e Ásia, e discutiam
com Estêvão;
10- E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele
falava.
11- Então, subornaram homens que dissessem: Temos ouvido este homem
proferir blasfêmias contra Moisés e contra Deus.
12- Sublevaram o povo, os anciãos e os escribas e, investindo, o
arrebataram, levando-o ao Sinédrio.
13- Apresentaram testemunhas falsas, que depuseram: Este homem não cessa
de falar contra o lugar santo e contra a lei;
14- Porque o temos ouvido dizer que esse Jesus, o Nazareno, destruirá
este lugar e mudará os costumes que Moisés nos deu.
(Atos 6:12-14)
Embora esse texto no geral possa dar a impressão que a vinda e morte do
Cristo seguiu a ordem natural das coisas, gostaria de chamar a atenção do
leitor para o parágrafo que cita o atraso de nosso planeta em relação a outros
orbe irmãos e em relação aos quais não conseguimos manter o mesmo nível
evolutivo. Temos informações seguras originadas na espiritualidade maior que
nos afirmam que a vinda de entidades a outros planetas não ocorreu com tanta
turbulência e crueldade como descrê, por exemplo, o livro de urantia.
“Quando os Filhos auto-outorgados, Criadores ou Magisteriais, passam
pelos portais da morte, eles ressurgem, ao terceiro dia. Mas vós não deveríeis
nutrir a ideia de que eles sempre têm o trágico fim que teve o vosso Filho
Criador, que visitou o vosso mundo, há cerca de dezenove séculos. A experiência
extraordinária e estranhamente cruel, pela qual Jesus de Nazaré passou, levou
Urântia a ser conhecida no universo local como o “mundo da cruz”.
“Não se faz necessário que um tratamento tão desumano seja dispensado a
um Filho de Deus; e a grande maioria de planetas tem dispensado a eles uma
recepção de muito maior consideração, permitindo a eles terminar as suas
carreiras mortais, encerrar a época, julgar os sobreviventes adormecidos e
inaugurar uma nova dispensação, sem
impor-lhes nenhuma morte violenta. Um Filho auto-outogado deve encontrar
a morte, deve passar por toda a experiência real dos mortais dos reinos, mas,
que essa morte seja violenta ou incomum, não é um quesito do plano divino. ”
(Livro de Urantia pg. 241)
“Então começou o reconhecimento administrativo da pequena e
insignificante esfera, destinada a ser o planeta no qual, subseqüentemente
Micael engajar-se-ia no empreendimento estupendo da auto-outorga mortal,
participando das experiências que levaram Urântia (planeta terra) a tornar-se
localmente conhecida desde então como o “mundo da cruz”.
É um fato que, de alguma maneira, mais cedo ou mais tarde, Jesus teria
tido que se despojar do corpo mortal, da sua encarnação nessa carne, mas ele
poderia ter cumprido essa tarefa de inúmeros modos, sem que fosse necessário
morrer em uma cruz entre dois ladrões. Tudo isso foi um feito do homem, não de
Deus.
(Livro de Urantia pagina 2086).
Atributos
Descido do céu infinito
Um amor infinito sem fim
De uma doçura da qual jamais se enjoa
Ternura sem fim e sem objetivo
Amor incondicional a todo elemento
Candura que brilha como gota de orvalho
Paz que acalma e sossega o coração
Luz que resplandece e clareia
Caminho verdade e vida para as almas
Sabedoria transcendente e infinita
Doce e eterna compaixão
Atributos mínimos citados…
De um ser supremo que um dia…
Nos visitou.
Kleber Lages
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