Cada um contribui para
evolução da humanidade dentro dos seus limites sentimentais e morais; na
verdade todos esses limites estão interligados entre si e são definidos no
decorrer da encarnação por escolhas feita usando o livre arbítrio concedido
pelo criador ao ser humano.
Quando encarnamos temos
todos uma missão principal comum que é nosso próprio aprimoramento moral, isso
passa pelo contato com o próximo e determinadas situações que possibilitam o
exercício do livre arbítrio.
O livre arbítrio, na
verdade, nunca será utilizado pela personalidade em formação, na encarnação
vigente todas as decisões tomadas pela pessoa será ditada pelo espirito
principal encanado que veio a terra para, nas relações humanas, harmonizar-se
com seus inimigos, de encarnações anteriores, e aprender a amar.
Na preparação para a encarnação uma
equipe de espíritos definida para executar esse mister determina, baseando-se
no conteúdo moral da pessoa, o quanto essa pessoa pode evoluir; o que deve
fazer no campo moral para que isso ocorra, e o tempo necessário gasto nesta
missão.
Este conteúdo moral é que
funciona como um limite predeterminado e que pode ser deslocado pelo espirito
encarnado. Citando um exemplo prático; o espirito pode encanar como pai de
alguém com quem contraiu débitos em vidas anteriores com a missão de ama-lo, no
plano espiritual, antes de encarnar ,ele já tem o seu nível de egoísmo e de
instinto sexual, a equipe espiritual que já conhece essa condição do paciente
leva isso em conta e determina o quanto de avanço moral pode ser realizado sem
prejudicar o outro espirito; o espirito encarnado como pai pode por amor e
responsabilidade, ou por medo das consequências cuidar dessa pessoa com carinho
e zelo; ou pode dar vazão aos seus instintos e explorar financeiramente ou
sexualmente o espirito encarnado como filho(a); desta forma os limites podem
ser sugeridos tanto pela espiritualidade ou pelo próprio espirito, mas por
força da lei natural, será sempre imposto pelo nível moral do espirito
encarnado.
Outro fator importante nesta
relação de pai e filho(a) será o amor que o espirito pai carrega dentro de si,
pois se for de nível elevado impedirá a pratica de qualquer abuso por parte
deste.
Para que um espirito possa
cumprir com eficiência a missão estipulada muitas coisas deverão ser observadas
com atenção, vamos falar a seguir mais detalhadamente sobre uma delas.
Indulgencia
Clemência, misericórdia, absolvição
de pena, ofensa ou dívida; desculpa, indulto, perdão; são muitos os
significados dessa doce palavra, que pode nos remeter ao paraíso divino
prometido pelo cristo.
Geralmente essas coisas
aplicamos a nós, sem nos lembrarmos que devemos amar ao próximo como a nós
mesmos; vemos o cisco no olho do outro, mas negamos a trave que está no nosso,
esta é uma lição do mais iluminado mestre que andou por esse planeta e que
também nos disse, “atire-lhe a primeira pedra aquele que não tiver pecado”,
deixando claro que devemos nos analisar, com a máxima imparcialidade para
depois formular qualquer julgamento contra alguém.
Francisco de Assis nos
aconselha inclusive a sermos rigorosos com nós mesmos, em nossos julgamentos, e
mais indulgente com o próximo.
Devemos sempre
agradecer a Deus por tantas oportunidades, por tanto amor, por tanta bondade e
carinho; devemos pedir que nos guie cada vez mais no caminho do bem; devemos
pedir pelo planeta terra, pedir para que possamos cumprir nossas obrigações no
planeta e pedir principalmente que possamos proceder as doações de energias
advindas do amor fraterno para engrandecimento moral da humanidade.
Tudo que você precisa
para caminhada em direção a luz como; o fervor necessário e o amor necessária
está em ti e está no próximo, procure, pois, com indulgencia julgar para que
com indulgencia seja julgado busque perceber na pessoa o que ela tem de melhor,
é uma boa forma de praticar a indulgência aqui em nosso planeta.
A coisa tem caminhado de uma forma
meio acelerada em direção ao bem; muitas coisas ruins muitos sofrimentos foram
evitados enquanto outros não serão possível evitar embora as pessoas comuns não
conseguem perceber com clareza muitas correções estão sendo efetuadas de forma
mais acentuada que o normal para o ritmo do planeta.
17. Sede indulgentes
com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade
senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco,
como de indulgência houverdes usado para com os outros.
Sustentai os fortes: animai-os
à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que
leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência
estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos
olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro.
Compreendei todos a
misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos
pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como
perdoamos aos que nos hão ofendido. ” Compreendei bem o valor destas sublimes
palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o
ensino que ela veste.
Que é o que pedis ao Senhor,
quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas
ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a
esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco
recompensaria.
A recompensa não pode
constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se
haja praticado, embora esse mal fosse esquecido.
Pedindo-lhe que perdoe os
vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes
neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da
submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.
Quando
perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do
esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito
transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com
o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial
por vós.
Substituí a cólera que conspurca, pelo
amor que purifica. Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável,
que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que
esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega
incessantemente, desde que se tornou visível tão somente aos olhos do Espírito.
Segui esse modelo divino; caminhai em suas
pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a
luta. Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com
coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação. – João, bispo de
Bordéus. (1862)
(O evangelho segundo o espiritismo).
Beleza de um sentimento
Fruto sublime do amor
És ó sublime perdão
Balsamo sagrado da dor
Doce alegria do coração
Paz de esplêndida luminescência
Dia esplêndido de sol brilhante
Es tu ó indulgencia
Luz de sol escaldante
Borboleta flutuando em leve brisa
Pássaro cantor em verde palmeira
Inocente expressão de poetisa
Natureza divina derradeira
Conforto terno no coração
Calor que seca as lagrimas
Divina filha da abnegação
Suave flor das almas
A ti indulgencia, canto essa oração
Digna de ser hino de sabedoria
Pretendendo tocar o coração
Dos espíritos que almejam a alegria
Kleber Lages
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